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Paulo prega pacto na posse

2 de janeiro de 2015

O novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao tomar posse, ontem, fez uma conclamação para a construção de "um novo pacto" para superar o momento difícil que passa o País. Esse foi o tom dado pelo governador nos discursos tanto na cerimônia na Assembleia Legislativa quanto na trasmissão do cargo, no Palácio do Campo das Princesas. Segundo ele, é preciso trocar o "ambiente de acerto de contas" pelo "ambiente de cooperação" em benefício da nação, sem que isso corresponda a um adesismo ou à capitulação de princípios ideológicos e pessoais. As cerimônias de posse e transmissão do cargo foram marcadas pela discrição, pelas homenagens a Eduardo Campos e Miguel Arraes e atraiu um pequeno público às ruas centrais do Recife para acompanhá-las. A família Campos foi convidada de honra das solenidades.

O novo governador usou o tom conciliador em seu principal discurso, na Assembleia. Paulo afirmou que está disposto a contribuir – assim como todas as pessoas "de boa vontade, segundo disse – no esforço de superação das divergências e abertura de diálogo nacional, para que "seja construído um pacto político, econômico e social" que permita o Brasil vencer a crise sem traumas econômicos e sociais, recuando a inflação e voltando a crescer. "É a voz da política com o pê maiúsculo. Nunca o País necessitou tanto da política quanto agora. É a urgência do diálogo", alertou.

Paulo ressalvou que o diálogo nacional, porém, deve ser conduzido com "franqueza e lealdade" para que assegure também a democratização das relações políticas. O governador observou que a proposta de pacto tinha sido defendido pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial, mas que considera ter ganhado mais urgência com o baixo crescimento, a persistência inflacionária e o desequilíbrio fiscal e das contas públicas em 2014.

O momento mais aclamado do discurso foi a convocação ao diálogo, juntamente com as citações a Miguel Arraes e Eduardo Campos – instante em que embargou a voz – como influências na formação política e de gestor e às presenças de Renata Campos e filhos.

Diante do ex-governador Joaquim Francisco, do senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB), do prefeito Geraldo Julio (PSB), o presidente do TJPE, Frederico Neves, e deputados estaduais e federais da atual e próxima legislaturas, Paulo prometeu governar com "diálogo e coesão política", mas uma gestão com equilíbrio fiscal, eficiência e agilidade.

Alinhou, como compromissos, dar uma visão de longo prazo ao Estado, com investimentos para consolidar o desenvolvimento do Complexo de Suape, o Porto Digital e o polo de hemoderivados, e anunciou, em dez anos, criar um polo de educação e conhecimento automotivo "de referência mundial". Afirmou, ainda, que vai executar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Pernambuco 2035 e ajustar o Estado ao planejamento regional e que valorizará os servidores públicos dentro do programa de crescimento.

Fonte: Jornal do Commercio

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