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Para desarmar a pauta-bomba

31 de julho de 2015

Em esforço para tentar garantir a governabilidade de uma gestão abalada pelas crises política e econômica, baixos índices de aprovação e ameaça de impeachment, a presidente Dilma Rousseff convocou, ontem, os governadores de todo o país para ajudá-la a desarmar uma série de bombas fiscais que aumentam os gastos públicos federais e provocam efeito cascata nos estados. Em reunião no Palácio da Alvorada, que durou mais de três horas, a presidente fez uma mea-culpa em relação à crise, avisou que sabe “suportar pressão e até injustiças”, fez uma defesa enfática da democracia e destacou que tem “humildade” para receber críticas. Durante seu discurso de mais de meia hora, Dilma usou 27 vezes a palavra cooperar ou falou em cooperação.

A presidente aproveitou a ocasião para fazer uma dura crítica às medidas aprovadas pelo Congresso Nacional que geram gastos públicos. Ao cobrar a colaboração de todos os Poderes e dos entes da federação para a estabilidade econômica e fiscal do país, neste momento de crise, ela disse: “temos propostas de grave impacto (para a saúde fiscal da União, estados e municípios) votadas pelo Congresso”, e explicou que teve de vetar algumas “para a preservação necessária do dinheiro público”, como o reajuste do salário dos servidores do Judiciário.

Ao falar dessas medidas votadas pelo Congresso, Dilma lembrou que outras estão em discussão. “Todas as medidas terão impactos sobre os estados, sem sombra de dúvida”, alertou, prometendo entregar aos governadores uma pasta com o detalhamento de todas as consequências que a aprovação de tais medidas poderá trazer para as contas regionais. “A União tem de liderar este processo e assumir todas as suas necessidades e condições, ao mesmo tempo, consideramos que, como algumas medidas afetam também os estados, os governadores têm de ter clareza do que está em discussão.”

Ao fazer um balanço da conjuntura econômica, a presidente reconheceu que “sabe que o nosso povo está sofrendo” e “muita coisa tem de melhorar”. Em apelo aos governadores, ela fez questão de mostrar que estados e União estão no mesmo barco e precisam se ajudar mutuamente para vencer as adversidades.

Fonte: Diario de Pernambuco

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