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Pacto firmado para destravar o Grande Recife

17 de janeiro de 2013
Um pacto criado pelos 14 municípios que fazem parte da Região Metropolitana do Recife (RMR) mais Goiana (Zona da Mata) pretende dar novo impulso às resoluções, principalmente, de problemas que envolvem a mobilidade. Várias ações solicitadas, em conjunto, aos governos federal e estadual, devem ser implementadas ainda este semestre. Além da mobilidade, os planos urgentes estão voltados para assuntos relacionados à Copa do Mundo e à coleta e dos resíduos sólidos.
 
As regiões norte, sul e oeste da RMR serão contempladas pelo Consórcio Metropolitano. A agenda com problemas e providências que devem ser tomadas será elaborada pelos representantes de cada secretaria municipal envolvida. A primeira reunião aconteceu ontem pela manhã, na Secretaria de Planejamento e Gestão. "As dificuldades não podem ser resolvidas isoladamente, mas através de uma integração entre os municípios e uma articulação com os outros níveis da federação", explicou o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Estado, Antônio Alexandre, coordenador do encontro.
 
A agenda será entregue aos prefeitos, que vão se reunir no dia 15 de março, para discutir as pautas. "Haverá intervenções em dois horizontes: um a curto prazo, para questões emergenciais, com destaque para um evento mundial, daqui a menos de seis meses, e outra a médio prazo", contou.
 
A médio prazo entrariam as questões que envolvem áreas de riscos, combate às drogas, melhoria do espaço urbano entre outras. "Nós vamos identificar e mapear as áreas de risco, seja por alagamento ou desmoronamento. Além disso, todos os municípios estão sendo inseridos no Pacto Pela Vida", continuou o coordenador.
 
A preservação do meio ambiente nas áreas que estão recebendo grandes investimentos empresariais ou imobiliários, como é o caso de São Lourenço da Mata, também entrará na agenda.
 
O investimento vai se dar como em um Plano Plurianual (PPA), que disponibiliza recursos que serão distribuídos em obras durante os quatro anos de uma gestão municipal. Porém, o Consórcio Metropolitano funcionará de maneira inversa. "Vamos apresentar o projeto, para só então arrecadar o dinheiro que vamos precisar. Cada município contribuirá com a parte que lhe cabe, assim como o governo", disse Antônio Alexandre.
 
Problemas como os enfrentados pelos motoristas que utilizam a estrada que dá acesso ao município de Abreu e Lima, por exemplo, podem deixar de existir. "Dessa maneira, todos juntos, fica mais fácil captar recursos dos governos, além de podermos compartilhá-los. As cidades melhor estruturadas vão poder ajudar as demais com menos estrutura", ressaltou o secretário.
 
Além de evitar problemas, o pacto vai repensar projetos que já existem, como o corredor Norte-Sul e o Leste-Oeste. A ideia do Estado é tirar obras do papel e colocá-las em prática, atraindo olhares do mundo inteiro não apenas por causa do futebol.  

Fonte: Jornal do Commercio

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