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Nelson Barbosa reforça importância de reforma

11 de março de 2016
Brasília (FolhaPress) – É preciso fazer a reforma na Previdência, e rápido, senão as consequências para a população serão ainda mais drásticas. Esse foi o recado passado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ontem. “Ainda estamos numa situação em que podemos enfrentar esses problemas de forma previsível e gradual, sem sobressaltos e sem surpresas. O adiamento do enfrentamento desse problema vai tornar inevitável a adoção de medidas mais drásticas num futuro muito próximo, o que não é bom para ninguém.”

A fala vem no momento em que Barbosa enfrenta resistência da base aliada do governo e até do próprio Planalto para entregar, ainda neste primeiro semestre, a reforma que pretende cortar gastos com aposentadorias, responsáveis por 44% dos desembolsos obrigatórios do governo. O presidente do PT, Rui Falcão, rechaçou a ideia de reforma da Previdência, defendida por Barbosa. Segundo ele, a reforma “não é tema”. “De reforma da Previdência não quero nem ouvir falar.”

A fala do ministro da Fazenda, focada no ajuste fiscal de “curto e longo prazo”, como tem reforçado, fez um apelo pelo fim da animosidade política, dizendo que vai buscar o consenso entre propostas, citando o PT e o PMDB. Neste momento de crise econômica, interna e global, e de convulsão política, Barbosa depende do Congresso para aprovar seus mais relevantes projetos fiscais, como a reforma previdenciária e a medida que dá margem para fechar o ano com as contas no vermelho. No entanto, nem mesmo o partido da presidente tem abraçado o pacote fiscal de Barbosa. “Nossa proposta procura um consenso, procura um meio termo para resolver todos os nossos problemas. Não é hora de extremismos na política econômica, é hora de voltar à normalidade.”

Enquanto busca uma agenda de curto prazo, que envolve o abandono da poupança do ano para tentar reanimar a agenda de investimentos em programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, Barbosa reforçou que está batalhando por um ajuste de médio e longo prazo, para um equilíbrio mais “duradouro” das contas públicas.

Destravamento
O ministro defendeu sua agenda econômica, que envolve o destravamento de crédito e condições mais frouxas para os estados negociarem suas dívidas com a União, com contrapartidas de rigor no controle dos gastos por parte desses entes.

Segundo ele, no entanto, adotar apenas medidas de estímulo no curto prazo para estabilizar a economia não funciona, é preciso controlar as despesas, principalmente as obrigatórias, no longo prazo.

Fonte: Diario de Pernambuco

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