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Na cova do Leão

23 de julho de 2008

Aldo Paes Barreto

Ocontribuinte brasileiro pagou diariamente R$ 1,8 bilhão, de janeiro a junho deste ano, de tributos federais. A arrecadação cresceu 10%, graças aos modernos e eficientes instrumentos de cobrança. Dessa dinherama toda, porém, ele é quem menos se beneficia. Tanto pela ausência de serviços públicos decentes, como pelo precário atendimento. Seja pelo quadro reduzido, pela cultura enraizada na Receita que vê em cada contribuinte um sonegador em potencial ou mesmo pela letargia que contagia o serviço público, o contribuinte paga para manter a máquina funcionando e paga para ser triturado por ela. Qualquer cidadão que for ouvido na humilhante fila aguardando atendimento da Receita Federal tem queixas procedentes a fazer.

Imposto é recorde no Brasil, mas o atendimento ao contribuinte é coisa de 4º mundo.

Como o engenheiro ACC, pioneiro no desenvolvimento de software em Pernambuco, onde chegou a manter inovadora empresa. Com ela prestou serviços a algumas estatais quando houve duplo recolhimento de INSS. Em 2004, solicitou à Receita Federal restituição do que fora pago a mais. No ano seguinte, fechou a empresa. Este mês foi à Receita buscando informações. Soube que o único funcionário que cuida de restituição está de férias; que existem 147 processos na frentee que, no primeiro semestre deste ano, só um processo foi analisado.

Fez as contas e concluiu que somente poderá ver a cor da restituição daqui a 74 anos; pior, só poderá dar baixa na firma após o encerramento do processo. Fazer o quê, se ele não é Dantas, nem Daniel que sempre se dá bem na cova do Leão.

Leilão O leilão para venda de parte dos bens da Bunge Alimentos, em Suape, que estava marcado para hoje e havia sido adiado para 5 de agosto, como noticiou ontem esta Coluna, foi suspenso graças a uma liminar concedida pela Justiça. O leilão é para quitar débitos cobrados pela Fazenda estadual no valor atualizado de R$ 85 milhões e contestado pela Bunge.

Fonte: Diário de Pernambuco

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