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MUDANÇA – Lotéricas querem barrar novo sistema

15 de março de 2006

 

São Paulo – Os lotéricos decidiram ontem, por unanimidade, entrar com uma ação judicial contra a Caixa Econômica Federal. O objetivo é fazer com que a instalação do novo sistema de transmissão de apostas seja suspensa “até que existam condições de implementação que não impliquem prejuízos” às casas de apostas. Reclamam ainda que a Caixa recoloque as máquinas substituídas.

“Quem trocou todas as máquinas não está conseguindo trabalhar, pois o novo sistema não agüenta os horários de pico. Sai do ar”, afirmou o presidente do Sincoesp, o sindicato dos lotéricos paulistas, Luiz Carlos Peralta. Para ele, outros estados deverão seguir pelo mesmo caminho. O problema vem sendo detectado em várias casas do grande Recife. Num estabelecimento de Piedade, ontem, das quatro máquinas, três são do novo sistema e uma do antigo. Apenas esta funcionava, o que acarretou filas quilométricas. O temor das grandes filas recai sobre hoje, já que é pagamento da quota de IPVA, o que vai gerar uma procura grande nas lotéricas.

A Caixa trabalha para substituir todas as máquinas das lotéricas até 15 de maio, quando termina o contrato com a antiga fornecedora, a multinacional Gtech. Os terminais estão sendo substituídos por outros, produzidos pelo consórcio Bradesco/Procomp, ganhador da licitação. O contrato entre a Caixa e a Gtech está sob a investigação de várias instâncias do poder público desde 2004, quando a imprensa revelou um vídeo mostrando o petista Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil, comandada na época por José Dirceu, pedindo propina e contribuições a campanhas eleitorais ao empresário Carlinhos Cachoeira, que mantinha negócios com a Gtech por meio de loterias estaduais.

Contratos – Apesar disso, os donos das lotéricas defendem a prorrogação do contrato firmado entre a Caixa e a multinacional. Acreditam que não dará tempo de efetivar as trocas. “É preciso que o Tribunal de Contas da União e a CPI dos Bingos tenham sensibilidade para problemas políticos, mas também aos argumentos técnicos”.

Nos cálculos do presidente do Sincoesp, apenas mil máquinas das 25 mil existentes no país já foram instaladas. O resultado, segundo ele, é o atabalhoamento da Caixa na troca do sistema. A Caixa rechaça qualquer possibilidade de problemas extraordinários na rede lotérica por conta da troca de sistemas e diz que o prazo de 15 de maio deve ser cumprido.

Fonte: Diário de Pernambuco

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