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Ministro propõe acordo para garantir crescimento

7 de fevereiro de 2006

O ministro Antonio Palocci defendeu também um acordo social para garantir um crescimento superior a 5% nos próximos anos. Sem dar outros detalhes da proposta, Palocci disse que esse entendimento passaria pela manutenção da atual política fiscal e pela redução e melhoria do gasto público.

“Vamos atingir um grau de investimento em poucos anos e vamos ter um crescimento vigoroso se fizermos um acordo social no País”, disse o ministro, em palestra a executivos de empresas e bancos em São Paulo.

Segundo Palocci, o entendimento depende do esforço que o País quer fazer. “As lideranças da sociedade precisam ter uma ação comum e suprapartidária de um acordo nacional sobre que velocidade dar ao crescimento do País. Para isso, segundo ele, é preciso definir que esforço o governo e a sociedade vão fazer no âmbito das despesas, dos tributos e das reformas para garantir juros menores e crescimento maior.

“Vamos gastar melhor e gastar menos. Vamos fazer um esforço fiscal nos próximos anos e vamos ter tranqüilidade. Não podemos ter ansiedade com isso, pois quem deve, tem de economizar e pagar suas dívidas.”

Palocci afirmou que o governo é cobrado pelos dois lados. “Um cobra redução de tributos e outro, de gastos. É preciso equilibrar isso.” Sobre os juros reais elevados, o ministro afirmou que existem duas características específicas do País. “Uma é crescer com juros altos, coisa que não acontece em nenhum outro país do mundo. Por outro lado, a inflação sobe mesmo com taxas elevadas de juros.”

O ministro citou como exemplo 2001 e 2003, anos em que a inflação cresceu mesmo com juros reais elevados. “O Banco Central é criticado por dez entre dez críticos, mas se não tivesse feito nada a inflação estaria hoje em 12%.” Palocci admitiu que a desaceleração do crescimento econômico no segundo semestre de 2005 refletiu o “esforço monetário para conter o recente surto de inflação” e o impacto da crise política sobre a confiança de consumidores e empresários.

Fonte: Jornal do Commercio

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