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Menos confiança para 2013

9 de janeiro de 2013
Os empresários do setor de comércio e serviços em Pernambuco, que representa 72% da atividade econômica no Estado, fecharam o ano de 2012 menos otimistas em relação 2013. Eles estão menos confiantes que seus pares em nível nacional e um dos principais motivos foi a redução da atividade econômica, que havia atingido a economia nacional em 2011 e só chegou a Pernambuco no ano passado. É o que mostra a Sondagem do Setor de Serviços de Pernambuco divulgada ontem pela Agência Condepe/Fidem, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A economia de Pernambuco entrou num ciclo de desaceleração mais tarde em comparação ao nacional", comentou o economista da FGV, Sílvio Sales.
 
Ele destaca que as melhores expectativas no plano nacional também se deve ao comportamento do consumidor que, por conta do endividamento, diminuiu a procura por bens duráveis, passando a consumir mais serviços. Ou seja, o cliente mudou um pouco o seu comportamento de gastos durante 2012. Mas esse mesmo fenômeno foi menos sentido em nível local. "O endividamento leva a pessoa para os serviços, que não exige endividamento de longo prazo", salientou o economista, lembrando que os gastos com o setor de serviços são pagos à vista.
 
Como a migração do consumo ocorreu de forma mais tímida em Pernambuco, os negócios no setor terciário tiveram uma redução de crescimento ao longo do ano e isso impactou no otimismo dos empresários pernambucanos. "O índice de atividade econômica desacelerou durante o ano em Pernambuco, mais que no Brasil e isso explica a desaceleração do setor de serviços no Estado. O segmento representa cerca de 70% da economia local", disse. No País, o setor tem uma participação menor, com 60% do PIB.
 
Além de ter um peso grande na economia local – os 30% restantes ficam com indústria e uma pequena parte, agropecuária – o segmento de serviços é um grande empregador. Só no Grande Recife garante o trabalho de 932 mil pessoas, segundo os dados de novembro da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).
 
Para o economista da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, o otimismo baixo do empresário pernambucano não pode ser interpretado como um anúncio de economia ruim em 2013. "Temos de verificar o impacto do verão e das festas de Carnaval daqui pra frente sobre o setor de serviços", comentou. Em outras palavras, ele prefere esperar os dados sobre a economia do primeiro trimestre de 2013. "Vamos aguardar, a própria indústria de transformação terá impacto nos serviços mais adiante e a melhoria da economia nacional poderá ter resultado positivo localmente", disse, salientando que o clima de pessimismo reflete mais a desaceleração da economia local do que necessariamente um prognóstico de como será o ano. "A desaceleração dos serviços responde de forma defasada à desaceleração da economia nacional e de Pernambuco durante 2012. Tão logo o crescimento seja retomado, teremos novos índice de confiança."
 
 
Guimarães é otimista em relação ao ano que começou. "Em nível nacional o serviço já tem perspectivas de recuperação. Em Pernambuco, a desaceleração não será tão forte porque temos componentes que movimentam a economia, principalmente na construção civil, que é um elemento de descolamento do índice local em relação ao nacional", diz, citando as obras em andamento no Estado na fase de construção e outros que ainda vão começar, a exemplo da Fiat.

Fonte: Jornal do Commercio

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