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Mantida redução de IPI para automóveis
1 de julho de 2014O governo decidiu manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis até o fim do ano.
A decisão foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo o ministro, o objetivo da medida é viabilizar as vendas no segundo semestre. Ele afirmou que as vendas foram fracas na primeira metade do ano e listou como motivos a diminuição do crédito e menos dias úteis (foram sete dias a menos).
Assim, estão mantidas as seguintes alíquotas de IPI: 3% para veículos até 1.000 cilindradas flex, 9% para veículos entre 1.000 e 2.000 cilindradas flex, 10% para veículos até 2.000 cilindradas a gasolina.
A previsão era que a alíquota para veículos flex até 1.000 cilindradas, por exemplo, voltasse a 7% a partir de hoje.
Mantega se reuniu ontem com representantes das montadoras e das concessionárias de veículos.
O setor defendia a manutenção do desconto diante de um recuo acentuado nas vendas. De janeiro a maio, o licenciamento de veículos (que inclui automóveis e comerciais leves) recuou 5,19%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). "Provavelmente poderemos melhorar isso e ter segundo semestre mais produtivo. Mas ainda não temos uma estimativa", disse o presidente da entidade, Flavio Meneghetti.
Até sexta-feira passada – ou seja, sem o mês de junho fechado -, as vendas acumulavam queda anual de 8%.
A produção apenas de automóveis caiu 14,5% entre janeiro e maio, ante o mesmo período do ano passado, segundo a Anfavea (associação das montadoras).
COMÉRCIO
O governo também manteve a alíquota do IPI para o setor moveleiro, revestimentos de móveis e painéis em 4% até 31 de dezembro. O imposto havia subido de 3,5% para 4% em janeiro. O governo planejava restabelecer a alíquota de 5% em julho. Para luminárias, o tributo ficou em 12%.
O varejo acumula aumento de 5% nas vendas de janeiro a abril, o dobro da expansão verificada no mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), as vendas poderiam estar em ritmo mais acelerado se o crédito estivesse menos travado.
A previsão dos varejistas é que haja uma moderação nas vendas entre junho e julho, em razão dos feriados e da Copa do Mundo. Ainda assim, estima fechar o ano com um incremento das vendas de 6% neste ano. Para representantes do setor, o sucesso da Copa do Mundo tende a reverter a onda de pessimismo sobre o consumidor.
Fonte: Jornal do Commercio
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