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Inflação dos serviços alerta pernambucanos

22 de março de 2013
Aluguel, mensalidade escolar, faxina, lavagem de roupa, cabeleireiro, manicure, mecânico, pedreiro, pintor, marceneiro. Estes são alguns dos serviços que estão pelo menos 6,5% mais caros neste mês em relação a março do ano passado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta nos preços do setor ficou em 6,5% no acumulado dos últimos 12 meses, pouco abaixo dos 8,61% da inflação no mesmo período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O aumento, que pesou na inflação no período, é sentido principalmente no bolso das classes C e D. Já a classe E deve persistir em 2013.
 
“Essa alta é causada por uma tensão de preços, produzida, em parte, pelo aumento da demanda. Com mais empregos e, consequentemente, mais renda, os brasileiros estão consumindo mais e os preços sobem. Fora isso, a alta também tem relação com o atual momento da economia brasileira e não ocorre só em Pernambuco”, explica Valdeci Monteiro, economista e diretor da Ceplan Consultoria. Segundo ele, a inflação está na mira da presidente Dilma Rousseff, que tem tomado medidas para conter os preços, entre elas a redução da tarifa de energia elétrica e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
 
O engenheiro Paulo Ferreira notou a alta no preço das mensalidades escolares de seu filho. “Assusta um pouco perceber a diferença em relação ao ano passado, mas entendo que é um ajuste normal da economia. Me preocupo mais com as consequências econômicas da seca, que ainda não chegaram 100% ao nosso bolso.” Para a professora Gorete Barros, porém, o aumento no preço dos alimentos pesa mais. “Antes, com R$ 20 você almoçava tranquilamente. Hoje, esse valor só dá direito a um bolo e um refrigerante”, completa.
 
Empresas
O economista Alexandre Rands, diretor do Datamétrica Consultoria, acredita que as grandes empresas também estão sentindo o reflexo da alta nos serviços. “Em Pernambuco, com a chegada dos grandes empreendimentos, muitas companhias acabam usando serviços de contabilidade, advocacia, treinamento, assessoria etc. O preço deles também está subindo, porque a demanda cresce sem parar. Além disso, somos polo regional, o que significa que os negócios locais disputam esses serviços com grupos do Ceará, Bahia, Paraíba e Maranhão. Para as pequenas empresas, a situação pode pesar”, prevê.

Fonte: Diario de Pernambuco

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