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Inadimplência cresce 65% no Recife

24 de abril de 2006

As compras desenfreadas de produtos como roupas, sapatos, eletrodomésticos e presentes para os familiares, no fim de ano, estão repercutindo nos índices de inadimplência medidos pelos Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) tanto no Brasil quanto no Recife. Em março, 90 dias após as vendas de Natal e Ano Novo, houve 42% a mais de registros da “lista negra” nacional, na comparação com o mesmo mês de 2005. A entrada de novos devedores na relação do SPC local foi ainda maior: 65%. Analisando somente os cheques devolvidos na praça da capital pernambucana, o índice foi de 28% no mês passado, segundo o diretor executivo do SPC Recife, Fred Leal.

Segundo a gerente de serviços da entidade, Zélia Vieira, a falta de controle das compras de dezembro “desembocam” agora. “Março é um mês que sempre dá pico”. O superintendente da entidade, Hugo Philippsen, disse que também pesa, de forma negativa, o fato de que, logo no início do ano, o trabalhador se depara com despesas como IPTU, IPVA e matrícula e material escolar dos filhos. “O orçamento fica comprimido. Mas tudo faz parte de um círculo e sabemos que em abril e maio haverá recuperação”.

Foi o que aconteceu com a professora Sandra Silva. “As compras de fim de ano pesaram, de certa forma, junto com o material escolar dos meus dois filhos. Estou tentando recuperar meu crédito e, agora, só vou querer comprar à vista. SPC nunca mais!”.

O presidente do SPC Brasil, Araken de Carvalho Novaes, disse que o momento é de cautela para os lojistas e para os consumidores. “É preciso atenção redobrada no momento da concessão do crédito e na hora de decidir pela compra parcelada, pois o crédito mais fácil envolve o risco de inadimplência”. O volume de inclusões de registros do SPC Brasil  superou em 22,71% o que foi computado em fevereiro e em janeiro (24,5%).

Fonte: Folha de Pernambuco

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