Notícias da Fenafisco
Impostos sobrecarregam brasileiros
13 de junho de 2010
Rochelli Dantas
Até o fim de maio, os brasileiros já haviam pago R$ 500 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. Agora, o montante arrecadado já ultrapassa a marca dos R$ 517 bilhões. A previsão é de que, até o fim do ano, a arrecadação tributária chegue a R$ 1,2 trilhão. Em 2009, foi pago R$ 1,09 trilhão em impostos. Em Pernambuco, o valor pago com impostos já atinge a soma de R$ 3,4 bilhões. Os dados foram apontados através do Impostômetro (www.impostometro.com.br), ferramenta operada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O impacto desses tributos na vida dos brasileiros é mais direto do que parece. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), no Brasil, os cinco primeiros meses deste ano foram trabalhados apenas para o pagamento de impostos. O estudo aponta que, em 2008, os trabalhadores brasileiros destinaram 40,51% do rendimento bruto para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Em 2009, devido à redução de impostos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o percentual teve uma redução, e ficou em 40,15%. Este ano, o índice volta a ter crescimento, chegando a 40,54% do rendimento bruto dos brasileiros.
“A tributação incidente sobre os rendimentos é formada, principalmente, pelo Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), pela contribuição previdenciária e pelas contribuições sindicais. Além disso, o cidadão paga a contribuição sobre o consumo e sobre o patrimônio. A legislação brasileira tributa antes do cidadão ou da empresa gerar riqueza”, afirmou o presidente do IBPT, João Eloi Olenike.
O peso dos tributos faz parte do dia a dia da empresária Marcelle Sultanum. Diretora da Rishon, uma indústria de cosméticos, a profissional afirma que, se não fosse a incidência dos impostos, os produtos da marca chegariam ao mercado, no mínimo, 30% mais barato. “A carga tributária no setor de cosméticos é uma das mais altas do mercado. Apenas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o percentual é de 25% sobre o preço do produto. Fora isso, pagamos IPI, PIS, COFINS e alguns outros”, pontuou Marcelle.
Segundo ela, a cobrança é ainda maior quando o produto é vendido em outros estados. “Quando trabalhamos com o mercado de São Paulo, por exemplo, temos a incidência do IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), que chega a 150% do valor do produto”, disse. Atualmente, a empresa conta com 50 funcionários e trabalha com os mercados de Pernambuco, Pará, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia.
Fonte: Folha de Pernambuco
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