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Home office chega ao serviço público

11 de agosto de 2014

Prática crescente na iniciativa privada, o home office passou a ser adotado pelo serviço público. Alguns tribunais do país, entre eles o de Justiça de São Paulo e o Regional Federal da 4ª Região, têm projeto-piloto autorizando parte dos funcionários a executarem as tarefas em casa. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi pioneiro na adoção do modelo, que hoje pode envolver até 50% dos funcionários da casa. A adesão ao teletrabalho é opcional e depende da decisão do gestor de cada área. Os frutos já são colhidos: o aumento de 20% da produtividade dos servidores, além da agilidade no julgamento dos processos que chegam ao TST.

Atualmente, seis unidades vinculadas à área fim do TST e duas ligadas à área meio aderiram ao teletrabalho. São 30 funcionários que cumprem as suas metas fora da repartição pública. “O TST entendeu que em virtude dos benefícios alcançados por essas unidades seria possível ampliar esse percentual de 30% para 50%”, explica Daniela Fonseca Godoy Veloso, coordenadora de desenvolvimento de pessoas da Secretaria de Gestão de Pessoas do tribunal.

Segundo Daniela, a jornada de trabalho equivale ao cumprimento de metas estabelecidas pelas chefias, que podem ser diárias, semanais ou mensais. Não é permitido a realização de horas extras para os servidores que atuam no trabalho a distância. Por enquanto, o modelo está dando certo. A meta de desempenho do funcionário no home office é, no mínimo, 15% superior à estipulada para os servidores que desenvolvem as mesmas funções nas dependências do TST.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) é simpático ao modelo do teletrabalho. O desembargador Frederico Neves, presidente do órgão, está acompanhando o projeto-piloto do Tribunal de Justiça de São Paulo, que permite o trabalho em casa. No momento, o modelo está sendo testado em cinco cartórios e num gabinete da primeira instância do Judiciário.

Na empresa privada o modelo de home office cresce a cada dia. Não é para menos. Os problemas de mobilidade das grandes cidades impacta na produtividade dos trabalhadores. A Netbull, parceira da Microsoft no Porto Digital, aderiu 100% ao teletrabalho. Edmar Veras, diretor técnico da empresa, confirma que houve ganho de produtividade porque os colaboradores não perdem tempo nos deslocamentos. “Hoje com a estrutura de tecnologia da informação podemos fazer videoconferência e reuniões virtuais com os colaboradores e os clientes”, diz. 

Um exemplo é o gerente de projetos da Netbull, Raphael Siracusa, 29 anos, que mora em Candeias e trabalha em casa. Ele perderia tempo nos engarrafamentos para se deslocar todos os dias para o Porto Digital, no Bairro do Recife. “O maior ganho é a flexibilidade de horário de produção. Você tem que listar as atividades diárias e semanais, e estabelecer metas para ganhar velocidade”. O desafio do home office é impor respeito aos que moram no mesmo ambiente. É preciso também ficar atento para não ultrapassar a jornada de trabalho normal.

Fonte: Diario de Pernambuco

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