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Governo quer diluir aumento

31 de julho de 2014

O ministro interino Márcio Zimmermann (Minas e Energia) informou ontem que o governo pretende repassar para o consumidor entre 2015 e 2017 os custos dos empréstimos feitos para o setor elétrico.

O objetivo da captação foi socorrer as distribuidoras de energia, empresas que atendem diretamente o consumidor e que não têm dinheiro em caixa para pagar pelos custos extras deste ano – elevados por causa da forte seca que prejudicou o reabastecimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas e forçou o uso intenso de usinas térmicas, mais caras.

A declaração do ministro foi dada à rádio CBN. Segundo Zimmermann, o governo espera um aumento de 2,6% nas tarifas dos consumidores em 2015, de 5% em 2016 e de 1,4% em 2017.

Apesar dessa previsão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pelo cálculo e pela aplicação desses reajustes, informou na terça-feira que os empréstimos teriam um impacto de oito pontos percentuais nas tarifas de 2015 e nas de 2016.

O mercado, porém, faz previsões ainda maiores. Consultorias ouvidas pela reportagem destacam que, com o novo empréstimo ao setor, de R$ 6,5 bilhões, o aumento nas tarifas possa chegar a 25%.

O percentual apontado pelos analistas considerou também o impacto do primeiro financiamento bancário liberado para o setor, de R$ 11,2 bilhões.

TESOURO
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou ontem que não haverá participação do Tesouro na segunda rodada de socorro às distribuidoras de energia elétrica.

O governo costura com bancos públicos e privados um financiamento de R$ 6,5 bilhões ao setor. "Não há participação do Tesouro nessa operação e todos os bancos que estão participando dela, inclusive BNDES, estão participando com recursos de mercado", afirmou. Além do BNDES, que deve entrar com até R$ 3,5 bilhões, a Caixa e Banco do Brasil devem participar do novo empréstimo.

Fonte: Jornal do Commercio

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