Notícias da Imprensa
Governo identifica resistência do agro na aprovação da reforma tributária
23 de janeiro de 2023Na articulação para a aprovação da primeira etapa da reforma tributária, o Ministério da Fazenda mapeou as resistências à proposta no Congresso. E identificou o setor do agronegócio como um dos principais focos de oposição às mudanças nos impostos que incidem sobre bens e serviços.
A avaliação é de que essa resistência seria ainda maior do que a feita pelo setor de serviços, que há anos vem liderando uma frente contrária à aprovação da reforma no Congresso e defendendo a tese de criação de uma nova CPMF — rejeitada pela equipe atual.
A equipe econômica aposta em “diálogo transparente” e em material informativo para derrubar “mitos” que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera que foram sendo construídos nos últimos anos para impedir o avanço da criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
O ministro da Economia, Fernando Haddad, conversou com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, para afinar a comunicação da reforma tributária. Para ele, se a mensagem for passada de forma correta para os setores da sociedade, isso será central na estratégia de política econômica para o crescimento.
Segundo o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), diretor da Frente Parlamentar do Agronegócio — e que será o vice-presidente da instituição —, o setor tem participado ativamente no Congresso dos debates em torno da reforma tributária, tanto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110 quanto da 45. A primeira cria a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), unindo PIS e Cofins, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), unindo ICMS e ISS. Já a 45 substitui cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um Imposto sobre Bens e Serviços e um Imposto Seletivo sobre cigarros e bebidas alcoólicas.
Ele diz que a FPA pleiteia que o setor seja contemplado “na amplitude da sua cadeia”. “Muitas vezes se dissemina uma imagem de que o setor é menos taxado em relação a outros setores da economia, como comércio e indústria. Quando nós vemos como um todo a cadeia, vemos que a elevada taxação que existe no Brasil também atinge o setor do agronegócio”, salienta.
Já a Confederação Nacional do Agronegócio avalia que nos projetos que tramitam no Congresso, o “aumento da carga tributária recai nos insumos, nas vendas dos produtos agropecuários e, também, na cobrança do Imposto de Renda da atividade rural”.
Fonte: Correio Braziliense
Mais Notícias da Imprensa
Para Appy, cobrança dos novos impostos vai reduzir a sonegação, inadimplência e a carga tributária
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, estimou que a aplicação da do IBS e CBS poderá beneficiar uma […]
Reforma tributária: Lira trava votação de destaques do PLP 108 para pressionar Haddad
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia a possibilidade de não votar na semana de esforço parlamentar marcada para […]
Brasil terá o IVA mais alto entre 124 países após mudanças na reforma tributária
O futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA), novo imposto sobre bens e serviços a ser pago no Brasil depois da […]
Fazenda planeja enviar ainda neste semestre proposta para taxar big techs
O Ministério da Fazenda trabalha para propor ao Congresso Nacional ainda neste semestre a taxação das gigantes da tecnologia —as […]