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Fitch vê fragilidade fiscal
16 de abril de 2015Baixo crescimento prolongado, impactando a arrecadação do governo e a situação fiscal do País. Esse quadro poderá levar a agência de classificação de risco Fitch, uma das maiores do mundo, a tomar uma nova ação de rating negativo (rebaixar a avaliação junto a credores) em relação ao Brasil. A afirmação foi feita ontem por Rafael Guedes, diretor executivo da Fitch Ratings no Brasil, durante o Fórum Corporates 2015, realizado em São Paulo. Na semana passada, a Fitch rebaixou a perspectiva do rating soberano brasileiro para negativa, mantendo a nota em BBB, dois degraus acima da primeira nota considerada grau especulativo.
"O baixo crescimento prolongado tem impacto na parte fiscal e deteriora a dinâmica da dívida do País. A dívida interna brasileira é cara e relativamente de curto prazo. Outros fatores que poderiam levar a uma ação negativa da Fitch seria a contínua redução na confiança dos investidores e dos consumidores no País e no próprio processo de ajuste fiscal", explicou Guedes, na abertura Fórum Corporates 2015.
Na avaliação da Fitch, o Brasil só voltará a crescer em 2016, quando a economia deverá se expandir 1%, segundo estimativa da agência.
Nas contas da Fitch, o País precisa crescer pelo menos 2% para evitar a deterioração da relação dívida/PIB.
"Olhando os números de crescimento dos últimos anos, observa-se que hoje temos um país que cresce pouco estruturalmente", disse Guedes, observando que se o Brasil não reverter a desconfiança e recuperar a credibilidade dos investidores não poderá ter a ambição de crescer 3% ou 3,5% ao ano como seria desejável.
Ele lembrou que a taxa de investimento no País ainda é muito baixa, variando de 16% a 18,5% do PIB, dependendo do ano.
Para ele, além de recuperar a credibilidade, o Brasil precisa retomar a agenda de reformas macro e microeconômicas, restabelecendo também a situação fiscal que se deteriorou no ano passado, quando houve eleições, e o governo gastou mais visando acelerar o crescimento econômico.
Guedes afirmou que as medidas anunciadas pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, já começaram a ser implementadas e que eles estão trabalhando no convencimento do Congresso e da opinião pública de que elas são necessárias.
Para que a Fitch melhore o rating brasileiro, disse o diretor-executivo da Fitch, o País precisa melhorar a credibilidade de suas políticas econômicas, levando a um aumento do superávit primário. Isso, segundo ele, vai levar a um crescimento econômico maior. "Mas o vento bate de frente no governo e na equipe econômica, o que coloca os ajustes em risco", disse Guedes, lembrando que o sistema político brasileiro é bastante fragmentado e "estamos num momento em que há questionamentos da sustentabilidade dos ajustes propostos".
SETOR PRIVADO
A situação doméstica e do quadro internacional deteriorou o perfil de endividamento das empresas brasileiras, deixando uma parcela significativa do mundo corporativo nacional com margem apertada para honrar débitos, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira Global (GSFR, na sigla em inglês), divulgado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo multilateral alerta particularmente para o setor de energia, à luz do aperto das condições de financiamento já experimentadas pela Petrobras, que tem esquema de corrupção sob investigação. "No Brasil, preocupações com a governança corporativa da Petrobras já resultaram em cortes na classificação de crédito e elevaram os custos de empréstimo ao maior nível em mais de dez anos", diz o FMI.
Fonte: Jornal do Commercio
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