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Estaleiro demite 48 trabalhadores

24 de setembro de 2008

 

KELE GUALBERTO

 

Em dois dias de greve, 48 trabalhadores do Estaleiro Atlântico Sul foram demitidos sob a justificativa de terem participado de forma abusiva do movimento iniciado na última segunda-feira, de acordo com o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE), Aluísio Aldo, que está à frente da negociação. Esse fato travou as negociações entre os funcionários e a empresa. Cerca de mil funcionários continuam de braços cruzados.

“Os empregados disseram que só voltam ao trabalho se as demissões forem anuladas. Entretanto, a empresa disse não irá recontratar as pessoas demitidas. O Ministério Público do Trabalho pediu a reconsideração do desligamento, porém o que conseguiu da empresa foi que não considerassem como justa causa”, explicou o procurador. 
De acordo com Aldo, o movimento está completamente irregular. “Não sei quem organizou essa greve, mas ela é abusiva porque não houve assembléia, edital e nem uma pauta de reivindicação. Tudo isso prejudicou tanto os trabalhadores como a empresa”, disse.

Quanto ao pedido de reajuste salarial, o MPT abriu uma mediação paralela para que o consórcio apresente o projeto profissionalizante, indicando os cargos e salários correspondentes de cada um conforme o grau de qualificação do trabalhador. No início das negociações, os trabalhadores estavam solicitando um piso salarial de R$ 800. O salário inicial é de R$ 469 e dos mais antigos chega a R$ 520.

A assessoria de Imprensa do Estaleiro Atlântico Sul informou que sobre as demissões não irá se pronunciar. Em nota, destaca que “não compreende as reais motivações que provocaram agressões tão infundadas e repudia firmemente quaisquer movimentos não pacíficos e não permitirá que atos covardes e desrespeitosos desestimulem seu comprometimento com o desenvolvimento dos seus projetos econômicos e sociais no Estado de Pernambuco”.

Fonte: Folha de Pernambuco

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