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1 de agosto de 2014

O governo estadual vai contratar um empréstimo de R$ 1,29 bilhão que será empregado em várias iniciativas, como a revitalização de canais, ampliação de vias urbanas, melhorias nas áreas de educação e saúde. Ao mesmo tempo em que planeja investir mais, o Estado teve uma redução de 49,8% nos repasses realizados pela União. "Não sei porque isso ocorreu", afirmou o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha.

Desde o ano passado, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) passou a fazer oposição a presidente Dilma Rousseff (PT), começando a desenhar a sua candidatura à presidência da República, eleição que ocorrerá em outubro.

Os repasses da União (as transferências de capital) para o Estado somaram R$ 534,9 milhões no primeiro semestre de 2013, contra os R$ 268,7 milhões enviados nos seis primeiros meses deste ano. "Essa redução não trouxe mais impacto porque a receita do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos salvou", disse Padilha.

O ICMS é a principal receita do Estado e registrou uma arrecadação de R$ 6,065 bilhões no primeiro semestre deste ano, sendo 9,7% a mais do que o mesmo período do ano passado. A segunda maior receita do Estado é formada pelos repasses do Fundo de Participação do Estado (FPE) que alcançaram R$ R$ 2,693 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, uma alta de 9,6% com relação ao mesmo período do ano passado. O FPE é alimentado com recursos dos tributos federais.

Para Padilha, o Estado está numa posição muito confortável para contrair o novo empréstimo de R$ 1,29 bilhão, a ser empregado em ações desenvolvidas até 2016. "A capacidade de pagamento do Estado está maior", contou se referindo ao fato de que a dívida consolidada de Pernambuco estava em R$ R$ 9 bilhões em dezembro de 2013. Em junho último, a dívida consolidada ficou em R$ 7,3 bilhões, uma diminuição de R$ 1,7 bilhão. "Estamos pagando regularmente o principal dos empréstimos e os juros", contou.

O secretário afirmou que o Estado vai investir R$ 3,74 bilhões este ano, o que significa R$ 400 milhões a mais do que os investimentos feitos pelo governo estadual em 2013. No ano passado, os Estados que investiram mais do que Pernambuco foram São Paulo (R$ 12,2 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 6,9 bilhões e Minas Gerais (R$ 4,76 bilhões).

Fonte: Jornal do Commercio

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