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Elas têm R$ 1,1 trilhão para gastar em compras

10 de março de 2013

Elas são donas de casa, cuidam dos filhos, trabalham, escolhem os produtos a serem consumidos pela família e ainda dão a palavra final na hora de comprar um carro. Esse é o perfil da nova mulher brasileira, que, desde a década de 1990, conquista um papel de destaque na sociedade e na economia, fruto do crescimento da renda, do investimento em educação e do aquecimento do mercado de trabalho. Com essa pujança, em 2013 o público feminino incrementará o consumo com R$ 1,1 trilhão. Em 2003, o valor era de R$ 602 bilhões. O aumento foi de 83%. O dos homens cresceu 45%.

 
Com todas essas transformações, atividades que eram de exclusividade dos homens passaram a ser compartilhadas pelo casal. A pesquisa Tempo de mulher, do instituto Data Popular, apontou que 86% das esposas decidem as compras feitas no supermercado, 79% escolhem o destino de férias das famílias, 58% definem o modelo e a marca do carro e 53% estabelecem que computador será comprado para a casa. Na avaliação do presidente do Data Popular, Renato Meireles, o público feminino é protagonista do novo Brasil, que consome mais a cada ano. Para ele, as empresas precisam se adequar a essa nova realidade para conquistar cada vez mais espaço em um mercado competitivo. 
 
A situação do público feminino no Brasil, principalmente no ambiente metropolitano, mudou drasticamente desde 1990, segundo Lúcia Garcia, coordenadora nacional da Pesquisa Nacional de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos últimos 20 anos, o crescimento da renda, o aquecimento do mercado de trabalho e os investimentos em educação das mulheres estão em ascendência. “Somos metade da força de trabalho urbana do país.”
 
Um dos fatores fundamentais para a ascensão social e econômica das mulheres é o investimento em educação. Dados do censo feito pelo IBGE em 2010 indicam que, entre os brasileiros com 25 anos ou mais, 12,5% das mulheres e 9,9% homens tinham o nível superior completo. Entre os que tinham emprego e igual faixa etária, a diferença aumenta. Das mulheres, 19,2% tinham concluído o ensino superior, enquanto a participação masculina era de 11,5%.

Fonte: Diario de Pernambuco

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