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Eduardo Campos vira alvo do PT
1 de novembro de 2012Nada de Aécio Neves (PSDB-MG). O alvo maior da preocupação do PT, a partir de agora, é alguém que, pelo menos oficialmente, é aliado do partido e do governo da presidente Dilma Rousseff: o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. É o que se depreende dos bastidores da reunião que a bancada do PT no Senado teve na noite de anteontem com o presidente do partido, Rui Falcão, para avaliar os resultados do segundo turno das eleições municipais, os efeitos do julgamento do mensalão e as estratégias para o futuro. E a conclusão foi a seguinte: é preciso ficar muito atento aos próximos passos dados por Eduardo Campos.
O PT venceu a principal eleição do País, com a vitória de Fernando Haddad, em São Paulo. Foi também o partido que mais prefeitos elegeu entre as 85 maiores cidades brasileiras. Cresceu em número de prefeituras, enquanto todas as legendas de oposição decresceram. Apesar dos vários motivos para comemoração, tratava-se de uma reunião de derrotados. Nenhum dos senadores que se candidatou a prefeito – no PT e em outros partidos – obteve êxito. Assim, a reunião com Rui Falcão acabou sendo mais de queixas. E as queixas concentraram-se especialmente em Eduardo Campos.
De um modo geral, as eleições deste ano apontaram para um quadro de ânsia por renovação por parte do eleitorado. A própria eleição de Fernando Haddad – um novato na política que derrotou José Serra (PSDB), um político experimentado, que já administrou tanto a cidade quanto o estado de São Paulo – apontou para isso. Os senadores do PT avaliaram de que forma tal situação pode se projetar para a eleição de 2014. E concluíram que esse cenário pode acabar abrindo um espaço para Eduardo Campos como opção.
“De repente, temos uma presidente bem avaliada, à frente de um governo popular, e pode ser que não sejamos nós os que vamos lucrar com isso. Podemos ter tudo isso e acabarmos derrotados”, concluiu um dos senadores na reunião, em reserva. Os relatos trazidos pelos senadores das eleições foram no sentido de que Eduardo Campos atuou, especialmente no Nordeste, como adversário. E, para os senadores, não foram questões locais que fizeram com que ele agisse assim. Mas parte de uma estratégia maior.
“Ele ajudou o PSDB a me derrotar em Teresina”, disse, na reunião, o senador Wellington Dias (PI). O senador José Pimentel contou como se deu a campanha em Fortaleza, vencida por Roberto Cláudio, do PSB, contra o candidato do PT, Elmano Freitas. “De uma hora para outra, nossos aliados tradicionais não ficaram com a gente. E eu não falo nem do PMDB. O PCdoB dizia para a gente: no Governo Federal, temos um tratamento isonômico com outros aliados, mas o Eduardo nos promete mundos e fundos”.
“Lutar contra a máquina estadual comandada por Eduardo Campos já era duro. Mas a questão é que eu tive de lutar contra a máquina federal também”, reclamou o senador Humberto Costa, derrotado no Recife, onde Eduardo Campos elegeu Geraldo Julio (PSB) prefeito no primeiro turno. Humberto Costa referia-se à ação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Os senadores ainda reclamaram de uma ação política mais efetiva do Governo Federal em favor do PT. Queixaram-se de que Dilma pouco atuou em favor do partido. Esse posicionamento mais neutro da presidente preocupa os senadores.
Fonte: Folha de Pernambuco
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