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Economia no ritmo da China

9 de junho de 2010

Rosa Falcão
rosafalcao.pe@dabr.com.br

A economia pernambucana cresceu 7,8% no primeiro trimestre do ano, acompanhando o ritmo acelerado da economia do país cujo Produto Interno Bruto (PIB) bateu recorde e atingiu a marca de 9% no mesmo período. Em Pernambuco, os investimentos do setor imobiliário e da construção civil alavancaram o PIB com crescimento de 17,6% de janeiro a março de 2010 em comparação a 2009. Em seguida, vem a indústria de alimentos e bebidas com 11,8%, puxada pelo aumento do consumo das famílias, em especial de baixa renda, que surfam na onda do crédito fácil. A projeção da Agência Condepe/Fidem é que o PIB estadual feche na marca de 9% a 11% neste ano, enquanto a estimativa para o Brasil é de 6%.

Diretor executivo de estudos, pesquisas e estatísticas da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima explica que a economia pernambucana cresceu menos do que o país no primeiro trimestre porque o Brasil fechou 2009 com taxa negativa de 0,2% contra 3,8% de Pernambuco. Nos últimos doze meses – março de 2009a março de 2010 -, o PIB estadual apresentou incremento de 5,3% contra 2,4% do país. “Os resultados mostram que a crise financeira afetou diretamente o país e mais lentamente o estado”, destaca Lima.

O PIB é o conjunto das riquezas produzidas na economia, considerando o consumo das famílias e dos governos, os investimentos públicos e privados, as importações e as exportações. Os números do primeiro trimestre mostram que o setor agropecuário em Pernambuco apresentou queda de 4,2% no comparativo ao mesmo período de 2009. As lavouras temporárias de milho, cana-de-açúcar e feijão foram afetadas pela falta de chuvas na região do semi-árido. Enquanto isso, a indústria pernambucana cresceu 12,4%, o setor de serviços 6,5%, e a arrecadação de impostos 10%.

Os investimentos privados e públicos nas obras de construção civil são apontados pela Agência Condepe/Fidem como principais atores do crescimento em ritmo chinês da economia pernambucana. Além das obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), incluindo rodovias, pontes, postos de saúde e abastecimento de água, o setor imobiliário comemora o boom da oferta de crédito para a compra da casa própria.

A expectativa é confirmada pelo setor produtivo. “Os investimentos produtivos do setor imobiliário cresceram 20% em relação ao ano passado. Pelo número de projetos das empresas vamos atingir a meta de 50 mil unidades produzidas neste ano”, comemora Alexandre Mirinda, presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário de Pernambuco. Ele atribuiu os bons ventos à maior oferta de crédito pelos bancos públicos e privados e aos financiamentos longos em até 300 meses.

Gabriel Neves, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PE) cita o Indice de Velocidade de Vendas (IVV) como o termômetro do setor em Pernambuco: “O IVV passou de 8% para 17%, significa que as vendas dobraram e a expectativa é de manutenção do mesmo ritmo de obras deste ano”.

Fonte: Diário de Pernambuco

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