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Diretrizes para o Novo Recife
18 de julho de 2014Em um mês a Prefeitura do Recife entregará ao consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL e Ara as diretrizes urbanísticas para o redesenho do Projeto Novo Recife. De posse das informações, o consórcio terá mais um mês para apresentar uma nova versão do empreendimento, que originalmente prevê a construção de 12 torres entre 21 e 40 andares no Cais José Estelita, região central do Recife. Mas o acordo não tem caráter obrigatório. Não existe qualquer garantia legal que obrigue o consórcio Novo Recife a seguir o que será definido no documento. A iniciativa aposta na solução negociada para o impasse que se instalou desde a ocupação do cais por militantes do movimento Ocupe Estelita, no final de maio.
As oito premissas que servirão de base para a elaboração das diretrizes foram apresentadas à sociedade em audiência pública realizada ontem, no auditório da Fafire. Os pontos preveem, entre outras questões, o escalonamento da altura dos prédios de modo a não prejudicar a paisagem do bairro, a integração com as áreas do entorno, a prioridade para os pedestres e a adoção de habitações de interesse social. E não apenas para o terreno do Cais José Estelita: a medida vale para toda a Ilha de Antônio Vaz, que engloba os bairros de Joana Bezerra, Cabanga, São José e Santo Antônio.
A presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Evelyne Labanca, apresentou o estudo a uma plateia estimada em pouco mais de 600 pessoas, entre moradores das comunidades do Coque e militantes do movimento Ocupe Estelita. "Nos próximos quinze dias esperamos receber, por email, contribuições de todos os cidadãos sobre as diretrizes. Depois teremos mais quinze dias para entregar o documento ao consórcio", disse. As sugestões devem ser mandadas para o endereço diretrizesantoniovaz@recife.pe.gov.br.
Como parâmetro a prefeitura apresentou intervenções feitas em Singapura, Barcelona e Paris, além do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, e o Cantinho do Céu, em Grajaú (SP). "Todas privilegiaram o convívio entre o novo e o antigo, a sustentabilidade, a interação e a convivência entre as pessoas. É o caminho que pensamos", completou Evelyne.
Segundo Leonardo Cisneiros, do Ocupe Estelita, a realização da audiência pública e a elaboração do documento com as diretrizes urbanísticas são avanços tímidos. "Não existe garantia de que essas diretrizes serão cumpridas no novo projeto. O ideal seria submetê-las à aprovação do Conselho das Cidades, o que exigiria um decreto do prefeito regulamentando-as", disse. O movimento pleiteia, entre outros pontos, a adoção de uma praça em homenagem à ocupação do cais, além de habitações de interesse social dentro do terreno.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Planejamento do Recife, Antônio Alexandre, reconheceu que não existe uma amarração legal que obrigue o consórcio a seguir as diretrizes que serão elaboradas. "Não queremos impor regras nem dar demonstrações de força. Apostamos no bom senso de todos os envolvidos e estamos fazendo nossa parte como poder público", afirmou.
O consórcio Novo Recife não estava presente na audiência pública de ontem. Em nota, informou que aguardará o documento com as diretrizes, e que continua aberto ao diálogo.
Fonte: Jornal do Commercio
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