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Déficit no Estado pode ser resolvido com valor agregado

21 de agosto de 2006

 

A solução para conter o déficit da balança comercial de Pernambuco pode estar em agregar o valor aos produtos oriundos do Estado para que eles subam de preço e influenciem positivamente a balança, afirmou o vice-diretor de Relações Internacionais da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Paulo Gustavo Cunha. Ele destaca a mudança de perfil da balança comercial do Estado como o maior impacto dos grandes empreendimentos.

Já em 2005, o setor químico praticamente empatou nas exportações com o açúcar, principal produto de comércio exterior do Estado durante décadas”, lembrou Cunha. No ano passado, o açúcar respondeu por 24,4% das nossas exportações e o setor químico, por 22,3%. Em 1993, essa distância era muito maior. O açúcar ocupava 52,7% das nossas vendas externas e o setor químico, 8,7%. “Nossa balança está se diversificando e, em alguns anos, o setor químico deve ultrapassar o açúcar com facilidade. A produção de açúcar não caiu. Foram os outros produtos que cresceram e ocuparam espaço”, calculou.

No Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco (Sebrae-PE), um dos focos do trabalho de diversificação da produção de mercadoria com valor agregado é o Pólo de Confecções do Agreste, que deve ser diretamente beneficiado pela fabricação de fios de poliéster a partir da fábrica de PET da Mossi & Ghisolfi (M& G), de acordo com o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Murilo Guerra. “Queremos unir as duas pontas. Produzir o fio na região metropolitana, o tecido e as peças de roupa, no Agreste”, afirmou Guerra.

Mas há uma mudança, que para o presidente do Sebrae, ainda é intangível. “O efeito renda é um componente poderoso para o empreendedorismo”, destacou. “Por mais que tentemos prever, a economia tem uma dinâmica muito própria e Pernambuco nunca viveu uma situação como essa, com esse aporte de recursos concentrados”, enfatizou.

Fonte: Folha de Pernambuco

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