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Criatividade para preservar saúde pública

17 de janeiro de 2016

Pela primeira vez, um conjunto de municípios pernambucanos realizará uma compra conjunta de medicamentos, gerando um economia de aproximadamente 30% no custo da aquisição. A informação vem do Consórcio dos Municípios de Pernambuco (Comupe), que seria o pioneiro nesse tipo de investimento na saúde pública e já deu início ao processo neste mês de janeiro – o primeiro lote deve ser comprado até março. A junção de forças também foi necessária entre as cidades sertanejas que integram o Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú (Cimpajeú), como forma de combater as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. 

“Para os municípios com menos de 80 mil habitantes, não há outra solução. Ou nos juntamos e otimizamos a verba, ou não temos como dar conta dos custos”, resume José Mário Barros, secretário-executivo do Comupe. 

A lógica que rege a decisão seria a mesma de uma família que, em vez de fazer uma feira semanal, decidisse comprar bimestralmente – o “varejo” dá lugar ao “atacado”. 

Ao todo, a licitação de R$ 19,1 milhões do Comupe prevê a compra de 122 tipos de medicamentos e totaliza 225 itens. Um pregão eletrônico será realizado e a empresa que oferecer os medicamentos pelo menor preço será escolhida. “Ao entrar no processo, as empresas se comprometem a manter o preço congelado por um ano e o município faz a demanda de acordo com a necessidade”, explica Barros. 

De acordo com o presidente do Comupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), o mecanismo vem como forma de lidar com a redução de recursos provenientes do governo federal, o que tem apertado as finanças dos municípios. “Aumentando a escala, reduzimos os custos e pagamos um preço menor. Muitas cidades têm o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) como a grande fonte de recursos, então essa redução de 30% nas despesas com os medicamentos para atenção básica é de grande ajuda”, diz.  

Os medicamentos que se enquadram na atenção básica são os que compõem a linha de frente do atendimento ambulatorial. De forma geral, são antitérmicos, analgésicos, antibióticos, medicamentos para hipertensão e ansiolíticos. Para garantir a otimização da compra compartilhada, uma farmacêutica visita cada município junto aos prefeitos e representantes do consórcio para averiguar a demanda.

Fonte: Diario de Pernambuco

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