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Cresce o medo dos calotes
28 de março de 2016SÃO PAULO – A recessão que atinge o Brasil deve afetar, por tabela, as seguradoras que protegem empresas do risco de levar calote. Esse tipo de seguro costuma ser exigido por uma empresa que vai fechar uma operação de venda para outra companhia. O valor é calculado em cima do faturamento estimado do vendedor no período de 12 meses. Quando um calote ocorre, a seguradora vai atrás da empresa compradora para tentar recuperar o crédito.
O problema é que o número de empresas com dificuldade para honrar pagamentos deve crescer. Como resultado das dificuldades que o País está vivendo, os pedidos de recuperação judicial bateram recorde histórico em 2015 (elevação de 55,4%) e devem ter nova alta em 2016, segundo a empresa de informações financeiras Serasa Experian. Os números do SPC também confirmam a crescente inadimplência no País.
Só nos primeiros dois meses do ano, o indicador Serasa subiu 116%. O número de requisições de falências também aumentou, mas menos: 7,3% em 2015, para 1.783.
"A crise vai continuar reduzindo a geração de caixa das empresas. Elas vendem menos, entra menos dinheiro, mas os custos continuam aumentando", diz Luiz Rabi, da Serasa. Isso aumenta a inadimplência e leva a mais recuperação judicial.
Para o mercado de seguros, o efeito é um aumento do pagamento de sinistros, o que já está deixando as seguradoras mais restritivas para aprovar ou renovar apólices.
No ano passado, os pagamentos desse tipo de sinistro já haviam saltado 234%, para R$ 320,4 milhões, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). A maior parte ocorreu no mercado doméstico.
RISCO MAIOR
Alguns setores estão sofrendo mais com a crise e são vistos com receio pelas seguradoras. Construção civil, por causa da Lava Jato, e siderurgia, pela queda do preço do aço, são exemplos. Mas empresas ligadas ao setor de consumo também devem ter mais calote neste ano.
"Tem aumento de desemprego, queda real da renda, acesso mais restrito e caro do crédito. Isso gera um grau de incerteza grande nas empresas e nos indivíduos", afirma Marcelo Oliveira, da Euler Hermes Brasil.
No Brasil, o seguro de crédito ainda não é muito conhecido pelas empresas. E, apesar de a crise significar mais risco, também é vista como uma oportunidade para popularizar o produto no País.
"Brasileiro não tem a cultura de fazer seguro, nem de vida nem de carro. Mas, desde o final de 2014, a gente já começou a perceber um aumento da procura por seguro de crédito. Tivemos aumento de 48% do número de cotações", afirma Marcelle Lemos, da Coface, que detém 39% do mercado no Brasil.
Em geral, o prêmio (valor pago pelo segurado) aumenta quanto maior o risco de calote. Com a maior busca por esse seguro no ano passado, o prêmio pago pelas empresas cresceu 11,5%, para R$ 244 milhões. Empresas trabalham com contratos que podem ser cancelados ou ter o prêmio reajustado se o risco aumentar.
Fonte: Jornal do Commercio
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