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Conta de água vai ficar mais cara com saída de Petrolina
17 de março de 2006
A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) vai refazer as planilhas do custo da saída do sistema de saneamento de Petrolina. O aumento será definido no mês de junho, durante a revisão tarifária da Compesa. Como o sistema de Petrolina é lucrativo para a Compesa, a perda dessa fonte de recurso terá que ser compensada com aumento de tarifa para o restante da população.
“A Arpe vai analisar o que representa, em termos tarifários, essa saída do sistema de Petrolina da Compesa. Já temos estudos desse tipo para o ano passado, mas terão que ser atualizados”, comentou o presidente da Arpe, Jayme Asfora. Ele destacou a importância do sistema de Petrolina. “Há uma probabilidade grande de aumento. A Compesa obviamente pode buscar receitas em outras áreas, mas Petrolina é muito importante e lucrativa”, disse Asfora.
A Compesa ainda não dá como perdida a operação do sistema de Petrolina, apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilita a transferência do serviço de saneamento para o município. Segundo o presidente da estatal, Luiz Gonzaga Perazzo, a empresa vai negociar com o município para se manter como gestora do sistema de água. Uma das possibilidades é fechar um convênio – assim como foi feito no Recife – com a definição de metas de qualidade e investimento.
“Há espaço para que o sistema continue com a Compesa. Vamos conversar sobre várias alternativas. Um dos motivos alegados pela prefeitura era a falta de investimento, mas no ano passado colocamos mais R$ 8 milhões na cidade”, comentou Perazzo. Segundo ele, a própria população já notou uma melhora nos serviços da cidade. “Se a causa para transferir era a falta de investimento, isso já mudou”, diz.
CUSTO – Para a Compesa, o mais preocupante com a saída de Petrolina do sistema é a viabilidade da operação em outras cidades. Dos 171 municípios explorados pela empresa, apenas 15 apresentam resultados positivos. “Na hora em que as cidades lucrativas saem do sistema inviabiliza a Compesa. E isso não interessa a ninguém”, disse.
Perazzo cita como exemplo os municípios de Afrânio, Exu e Afogados da Ingazeira, municípios que estão recebendo investimentos em adutoras. “Eu sou obrigado a operar e manter, mas são cidades pobres em que a tarifa não paga o custo de levar a água”, lamenta.
Com a prefeitura do Recife, a Compesa fechou um convênio em que opera o sistema de saneamento da cidade e destina 3% das receitas para investir em locais carentes. “O principal é que no convênio está previsto o fim do racionamento em 12 anos, metas de investimento e uma série de obrigações.” Já o prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, descartou fechar um convênio nos mesmos moldes do Recife.
Fonte: Jornal do Commercio
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