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Comércio teve queda de 14,52% em fevereiro

30 de março de 2006

 

As vendas do comércio varejista na Região Metropolitana do Recife (RMR) no mês de fevereiro tiveram queda de 14,52% em relação a janeiro de 2006. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela da Federação do Comércio do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE).

No comparativo com fevereiro de 2005 as vendas encerraram com um crescimento de 1,09%. Na comparação entre o acumulado de janeiro e fevereiro de 2005 e de 2006 a alta foi maior, chegando a 4,37% no bimestre.

De acordo com o consultor econômico da Fecomércio, José Fernandes, o resultado foi diretamente influenciado pelo calendário do mês de fevereiro, que contou com 18 dias úteis por causa do período carnavalesco. “O número de dias parados pesou para o varejo como um todo. Apenas alguns itens no setor de bens semiduráveis tiveram incremento, mas não influenciaram o resultado global”, comenta.

Os melhores desempenhos ocorreram nos segmentos de materiais de construção (6,73%) e de bens de consumo semiduráveis (6,13%), com destaque para os setores de vestuário (24,60%), calçados (12,70%) e tecidos (10,26%) – itens que são bastante consumidos durante o Carnaval.

Os juros altos é um dos fatores apontados por Fernandes como inibidor de vendas e o crédito, como impulsionador. “As altas taxas de juros ainda são repassadas para o consumidor. Por outro lado, o que influenciou a alta global das vendas foram as ofertas de crédito e de compras parceladas realizadas pelos consumidores”, avalia.

A pesquisa também inclui os resultados referentes à massa salarial e ao nível de emprego, dois indicadores que estão diretamente ligados às vendas no varejo. A massa salarial da classe trabalhadora foi de 0,38% em fevereiro. No acumulado do ano (janeiro e fevereiro), o crescimento foi de 1,94% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o nível de emprego no comércio varejista da RMR foi negativo em -1,03%. Em relação a fevereiro do ano passado, a categoria sofreu pequena variação 0,20%. No acumulado, verificou-se retração de -0,5. “Não existe uma relação entre o crescimento das vendas com o aumento dos empregos. Cada vez mais, as empresas tendem a vender mais com um número de funcionários reduzido e os números da pesquisa mostram isso”, argumenta.

Fonte: Jornal do Commercio

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