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Com a corda até o pescoço

31 de janeiro de 2013
Apesar de registrar queda nos últimos meses, o crédito consignado contratado por aposentados e pensionistas do INSS com os bancos fechou 2012 com um crescimento de 11,5%. No período, os segurados pegaram R$ 31,6 bilhões com as instituições financeiras — mais de quatro vezes o valor obtido no primeiro ano desse tipo de crédito, em 2006, de R$ 7,4 bilhões. Em 2011, eles se endividaram em R$ 28,4 bilhões.
 
Em dezembro do ano passado, no entanto, os empréstimos com desconto em folha totalizaram R$ 2,2 bilhões, queda de 3,17% em relação ao mesmo mês de 2011. Em comparação com novembro de 2012, quando os aposentados e pensionistas pegaram R$ 2,61 bilhões nos bancos, a redução foi de 14,97%. O recuo no financiamento de novembro para dezembro pode ser explicado, em parte, pelo recebimento do 13º salário. Com mais dinheiro no bolso, os segurados precisaram menos dos financiamentos.
 
Quando se fala em quantidade de contratos, a diferença é pequena de um ano para o outro. Foram 10.267.233 acordos em 2012 ante 10.536.119, no ano anterior — o que representa encolhimento de 2,62%. Mas, enquanto esse número diminuiu, o valor deles aumentou R$ 3,2 bilhões no período de 12 meses, o que se justifica na ampliação do poder de compra dos segurados ao longo do ano. Só o salário mínimo subiu 14% em 2012, percentual que foi acompanhado pelo piso previdenciário.
 
Em número de operações, foram registrados em dezembro 613.211 contratos, 12,33% menos que o verificado no mês de novembro (699.211). Comparando com dezembro de 2011, houve diminuição de 13,81% (711.467 empréstimos). Segundo a Previdência Social, os segurados que ganham até um salário mínimo por mês conseguiram, em dezembro, R$ 920 milhões nos bancos.
 
Em média, cada um contratou R$ 2,6 mil de empréstimo pessoal. Os aposentados e pensionistas com renda de um a três salários mínimos se endividaram, no mês, em mais de R$ 733 milhões. O valor médio individual foi de R$ 3,9 mil. Já na faixa de renda mais alta, acima de três salários mínimos, o financiamento médio foi de R$ 7 mil, com os segurados pegando nos bancos R$ 569 milhões. Quase 85% dos empréstimos referem-se a parcelados entre 49 e 60 meses. Os segurados com idade entre 60 e 69 anos foram responsáveis por 38,97% das solicitações aprovadas. 

Fonte: Diario de Pernambuco

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