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Classe média em expansão no Brasil

23 de setembro de 2008


 

RIO DE JANEIRO (AE) – Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, de 2001 para 2007, 13,8 milhões de pessoas subiram de faixa social. Nessa escalada, a maioria se originava da base da pirâmide: 10,2 milhões saltaram da camada de baixa renda (até R$ 545,66 de ganho mensal por família) para a de renda média (entre R$ 545,66 e R$ 1.350,92). O restante, 3,6 milhões de pessoas, subiu da faixa de renda média para a alta renda (acima de R$ 1.350,82).

Com base nos dados levantados pelo instituto, do total de pessoas que passaram da camada mais pobre para a camada média de renda, de 2001 para 2007, 37% era da Região Nordeste, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. Já do total de pessoas que subiram da camada de renda média da população para a mais elevada, 49% era da região Sudeste.

A informação é do economista do instituto, Ricardo Amorim, um dos pesquisadores que anunciaram os resultados do levantamento “Pnad-2007: Primeiras Análises”, estudo que realiza um aprofundamento dos dados apurados pela Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) de 2007, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Nesse período (de 2001 para 2007), começamos a ter uma mobilidade social ascendente que não tínhamos faz tempo”, assinalou o economista. Para ele, não foi somente uma questão de “talento individual” que levou essas pessoas a subirem os degraus sociais. “Talento individual é importante, mas não se desenvolve sem as condições sociais necessárias”.

Segundo Amorim, o salto da base da pirâmide para a camada de renda média foi puxado basicamente por programas de assistência, e de transferência de renda, além de oportunidades de emprego. Já a subida da camada de renda média para a camada mais elevada foi gerada por aumento dos empregos formais e o ritmo de crescimento econômico.

A ascensão social também está concentrada nos núcleos urbanos. Do total de pessoas que ascenderam da camada mais pobre até a faixa de renda média, 82% eram de área urbana.

Em resumo, o instituto informou que o perfil da pessoa que era da base da pirâmide e subiu para a camada média de renda da população, de 2001 para 2007, é não-branco; com escolaridade até a quarta série do ensino fundamental; com carteira assinada e urbano, morador da Região Nordeste.

Fonte: Folha de Pernambuco

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