Edital de nenhuma seleção pública traz persistência como requisito. Mas que a danada faz diferença no resultado da empreitada, faz. E não é conversa de professor de cursinho. A dica vem do Paulo, da Vládia e do Jairo. O trio nem se conhece. Trabalha em órgãos cobiçados por qualquer concurseiro. Mas cada um enche a boca para dizer que é possível fazer carreira no setor público. Juntos, eles foram aprovados em pelo menos 10 processos. Mas alertam que o caminho até a nomeação exige audácia. “Já estudei na véspera do Natal e do ano-novo”, conta Jairo Brod, analista da Câmara dos Deputados.

Em contrapartida: estabilidade, salários quase sempre acima da média e, na maioria das vezes, muito trabalho. “Aqui, nós também matamos leões, só que temos mais fôlego para isso”, diz Paulo Viegas, consultor legislativo do Senado Federal. Se a relação custo-benefício mexeu com os seus ânimos, eis a boa notícia: depois de meses de quietude, governadores e o governo federal parecem ter decidido azeitar a máquina de contratações. E as engrenagens voltarão à ativa turbinadas. A expectativa é de que 42.773 vagas sejam preenchidas nos próximos meses.

Do pacote, 11.597 postos estão garantidos. Isso porque essas contratações já foram autorizadas pelos governos locais ou pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que cuida das seleções dos órgãos federais. Das 35 instituições beneficiadas, 19 já divulgaram editais. São 3.884 vagas, divididas entre cargos de nível fundamental, médio e superior, com salários que variam de R$ 600 a R$ 19,9 mil. As Forças Armadas oferecem boa parte das vagas com editais na praça, 2.742. Essas seleções, as militares, costumam estar atreladas a cursos de formação que duram de três a cinco anos e garantem aos aprovados o ingresso em um cargo com plano de carreira definido.

Além das vagas garantidas,

Fonte: Diário de Pernambuco