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Carga tributária é novo recorde

13 de março de 2008

SÃO PAULO (Folhapress) – O bom desempenho econômico em 2007 fez com que a carga tributária brasileira registrasse novo recorde em proporção do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país num ano). Estudo divulgado, ontem, pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) revela que os contribuintes pagaram R$ 923,24 bilhões em tributos aos três níveis de governo no ano passado, ou 36,08% do PIB de R$ 2,559 trilhões.

Esse percentual é 1,02 ponto superior aos 35,06% calculados pelo instituto para 2006, quando a carga foi de R$ 817,94 bilhões para um PIB de R$ 2,333 trilhões (em valores nominais).

A Receita Federal não divulgou, ontem, o cálculo da carga tributária do País em 2007. Esse cálculo ainda será feito pelo órgão e divulgado nos próximos meses (no ano passado, a carga de 2006 foi divulgada apenas em 21 de agosto). Pelos dados da Receita, a carga em 2006 foi de 34,23% do PIB, ou 0,83 ponto percentual inferior ao número apurado pelo IBPT.

Essa diferença é explicada pelo fato de que a Receita não considera no cálculo os valores recolhidos a título de multas, juros e correção. Além desses valores, o IBPT inclui em seu cálculo as contribuições sindicais, os pagamentos a entidades de fiscalização do exercício profissional e custas judiciais.

Para o advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, é inadmissível que a carga tributária continue aumentando. O estudo mostra que, enquanto o PIB per capita cresceu 4% em 2007 (em termos reais), os brasileiros pagaram mais 7,2% em tributos. Amaral diz que “se não houver a imediata redução da carga tributária, o Brasil não terá condições de crescer no ritmo de outros países emergentes”.

Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a estabilidade de preços é fator essencial para o crescimento da economia brasileira. Para ele, a expansão é diversificada por diversos setores e regiões e os preços sob controle são essenciais para garantir crescimento sustentado com inclusão social.

Fonte: Folha de Pernambuco

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