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A virada depois da aposentadoria
9 de dezembro de 2012Unir o útil ao agradável. Oportunidade de ter uma atividade prazerosa e complementar a renda na aposentadoria. É o sonho dos brasileiros que estão na agulha para se aposentar e planejam abrir um novo negócio. A pesquisa Empreendedorismo no Brasil/2011, da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebare, revela que a taxa de empreendedorismo no Brasil está em ascensão na faixa etária entre 45 a 54 anos. Eles representam 6 milhões no total de 27 milhões de empreendedores que existem no país. Têm mais 3,6 milhões com idade acima de 55 anos. São pessoas ativas e produtivas que rejeitam a ideia de ficar em frente à televisão, assistindo a vida passar. Vão à luta.
O suboficial da Aeronáutica Wellington de Souza Amorim da Costa Ribeiro, 52 anos, se encaixa bem no perfil do novo empreendedor. Em 2013, ele completa 33 anos de carreira na Força Aérea Brasileira (FAB). Pretende se aposentar, ou melhor, vai para a reserva, mas nada de céu de brigadeiro. Ele planeja alçar outros voos. Já se movimenta para abrir um negócio na área de vendas com a esposa. “A gente se aposenta com muita energia e não quer parar. Já temos os filhos adultos, criados, e queremos ter uma vida produtiva”.
Wellington era um dos 33 oficiais da Aeronáutica atentos à palestra do consultor do Sebrae-PE Valdir Cavalcanti, convidado para falar sobre empreendedorismo, franquias e novos negócios, para uma plateia, cuja idade média era de 52 anos. A atividade faz parte do curso de preparação para a reserva, oferecido há 14 anos pela Aeronáutica. Ele e os outros participantes veem no empreendedorismo a chance de ter um negócio próprio.
É o que imagina Wellington: “Entrei na Força Aérea Brasileira com 19 anos porque se apresentava como uma boa opção de trabalho. Agora, vou sair e posso me dedicar a uma área que gosto. Vejo a área de vendas como uma realização pessoal e a oportunidade de complementação de renda”. Não é somente no setor público, os profissionais da iniciativa privada sentem na pele a queda da renda pós-aposentadoria. Para manter o padrão de vida têm que buscar uma nova atividade produtiva.
“O brasileiro está se aposentando muito cedo, tem mais saúde e tempo de vida. Cada vez mais as pessoas sentem a necessidade de se ocupar e veem no empreendedorismo o caminho para iniciar uma atividade empresarial”, destaca Valdir Cavalcanti. Experientes, eles não correm atrás de aventuras. Procuram se informar antes de iniciar nova empreitada. Segundo o consultor do Sebrae-PE, em geral o novo empreendedor escolhe uma atividade em sintonia com o que faz antes de se aposentar. Não quer dizer que não possa experimentar novos caminhos.
Formado em administração de empresas, Antônio Ricário Campos, 43 anos, preferiu não arriscar. Ele começou cedo no batente como bancário. Depois comprou um táxi e ficou 15 anos trabalhando para terceiros. Sempre sonhou com o negócio próprio para se manter na aposentadoria. Com expertise na praça de táxis, ele abriu há quatro meses a Grupotáxi, uma empresa com frota de 40 veículos. “Sei que no futuro vou colher os frutos e poder descansar na minha aposentadoria. Não dá para depender do INSS”, constata.
Brasileiro está vivendo mais
O último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirma: a expectativa de vida do brasileiro aumentou nos últimos dez anos. Atingiu a marca de 74 anos e 29 dias em 2011. Longevidade com maior qualidade de vida estimula as pessoas a manterem uma atividade produtiva após os 50 anos. Mas quando se aproxima a aposentadoria, surgem os conflitos. O profissional tem as condições legais de pendurar as chuteiras. Ao mesmo tempo, sente energia para produzir. Como sair dessa encruzilhada?
Psicóloga e coaching de vida, Ângela Leal costuma atender em seu consultório os profissionais na fase madura da vida e da carreira. Um parêntese: coaching de vida é o profissional que ajuda as pessoas a se conhecerem melhor e a realizarem os seus objetivos de vida.
Segundo a especialista, a dúvida que ronda a cabeça desse público é como se sair bem numa nova atividade. Compreensível. Em geral são profissionais bem-sucedidos na carreira que não querem se arriscar. Ângela observa que as pessoas hoje estão preocupadas em se informar antes de embarcar na “ilusão” de um novo negócio.
Para início de conversa, ela procura desmistificar a ideia que se tem que vai trabalhar pouco e ganhar muito dinheiro. A especialista mostra ao cliente que ao assumir o comando do próprio negócio a dedicação será maior e nem sempre o retorno é imediato. Tem a compensação. “Ao mesmo tempo é uma oportunidade de fazer o que gosta e se realizar”, estimula a especialista.
Fonte: Diario de Pernambuco
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