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A rentável indústria do verão

25 de novembro de 2007

Na semana passada, o motorista Elson Rodrigues comprou o quarto ventilador para sua casa. Pagou R$ 150 por um aparelho que, dependendo da marca, pode ser encontrado por R$ 40. Rodrigues preferiu o melhor, com dupla função: ventila e também vem equipado com um dispositivo repelente de insetos. “É por conta do calor e das muriçocas”, justifica. Não há mais dúvidas, o verão chegou para esquentar as vendas de setores como o eletroeletrônico, que só no segmento de portáteis espera crescer em torno de 8% nesta época do ano. “Além da demanda ocasionada pelo Natal, o verão também é um fator que favorece as vendas de ventiladores e produtos de uso pessoal”, afirma o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros)”, Lourival Kiçula.

No comércio do Centro do Recife, os vendedores já conhecem a movimentação. Por conta do custo da energia, aparelhos de ar-condicionado não vendem tão bem quanto o seu “irmão” mais pobre. Mesmo assim, não decepcionam. “Na hora H o calor fala mais alto do que o preço da energia. Depois, há opção de compra em 12 vezes com a mensalidade de R$ 62”, comenta o gerente da Eletroshopping da Rua Nova, Ednaldo Soares. Ele informa que, nesta época do ano, são vendidos até 40 ventiladores e 15 aparelhos de ar-condicionado por semana na loja.

O maior consumo de energia faz a alegria da Celpe. Nos últimos cinco anos, a média de aumento do gasto do pernambucano é de 10%. O setor elétrico, no entanto, não é o que mais fatura com o verão. Segundo a Secretaria da Fazenda, são os segmentos de material de construção, com 17%, varejo (21%), tecidos (22,9%) e bebidas (39,7%) que mais crescem em ICMS, principalmente em dezembro.

Os dados do setor campeão da Fazenda, o de bebidas, batem com o informado pela indústria. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cervejas (Sindicerv), 35% do volume de 9,6 bilhões de litros consumidos no mercado brasileiro, ou seja, 3,36 bilhões de litros são consumidos nos três meses de verão, a partir de dezembro. O Nordeste fica com 18% deste total, com pouco mais de 6 milhões de litros no trimestre.

Quem vive da praia, como a grife pernambucana Movimento também comemora. “Os seis meses mais quentes do ano representam 60% do volume de nossas vendas”, diz o sócio-gerente da Movimento Lêucio Marques. É uma indústria que fatura com clientes como a publicitária Cybele Rios, que tem em seu guarda-roupa algo em torno de 25 peças. “Sou uma mulher do dia. Por isso meu maior gasto com supérfluos são os biquínis. Adoro praia”, disse, comentando que desde setembro já comprou quatro conjuntos diferentes. “Não gosto de repetir.”

Fonte: Jornal do Commercio

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