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Vaidade e morte no meio médico
4 de junho de 2014Uma trama que intriga a polícia e causou surpresa e revolta no meio médico de Pernambuco começa a ser esclarecida. Vinte e dois dias após a morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, um médico renomado e seu filho, estudante de direito, foram presos por suspeita de participação no crime. A Polícia Civil segue em diligências para prender os dois últimos suspeitos.
Ontem, agentes da 11ª Delegacia de Homicídios de Jaboatão prenderam o médico Cláudio Amaro Gomes, 57, e o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, suposto mandante e um dos executores do crime, respectivamente. A motivação ainda não foi revelada, mas entre as possibilidades estariam a perda de prestígio de Cláudio no meio.
Pai e filho não confessaram participação no crime. Porém, contra Cláudio Júnior a polícia tem duas provas. A mais forte, e que resultou na sua identificação, são as impressões digitais encontradas na garrafa onde foi transportado o líquido utilizado para queimar o carro do cirurgião.
Peritos do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) confrontaram as digitais com uma ficha do suspeito que veio do estado do Rio de Janeiro. Para a polícia, Cláudio Júnior ajudou a atear fogo no veículo encontrado carbonizado na Guabiraba, Recife.
Outra prova contra o universitário são imagens das câmeras do prédio onde a vítima morava, em Boa Viagem. Cláudio dirigiu o Celta onde estavam os outros dois suspeitos que desceram, renderam Artur na portaria do prédio e entraram no veículo dele, seguindo para o local da execução, às margens da BR-101 Sul, em Jaboatão. Artur foi morto no dia 12 de maio.
“Não temos dúvidas de que o filho participou da execução e de que o pai foi o mandante. Resta agora identificar e prender os outros suspeitos”, afirmou o delegado Guilherme Caraciolo. Ambos foram presos por força de um mandado de prisão temporária de 30 dias. O filho, por estar com um revólver calibre 38, ainda foi autuado por porte ilegal de armas.
Formado em medicina pela Universidade Federal de Campina Grande, Artur era paraibano e morava no Recife há três anos. Trabalhava no HCP e ajudava pacientes vitimas do câncer. Era doutor em Cirurgia Torácica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; especialista em cirurgia torácica pela USP; cirurgião torácico do Hospital das Clínicas da UFPE; cirurgião torácico do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip). De acordo com os colegas de trabalho, era uma pessoa alegre, querida, estudiosa e competente. Era casado com uma médica e pai de um menino de pouco mais de um ano.
Cronologia do caso
12 de maio
O médico Artur Eugênio foi assassinado com quatro tiros, sendo um na cabeça e três na região das costas, em Comportas, Jaboatão dos Guararapes
13 de maio
O carro do médico, um Golf de cor preta e placas OYS-1564, foi encontrado completamente carbonizado, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife
14 de maio
Polícia descobre que, no dia da morte, médico foi arrastado por dois homens na entrada do prédio onde morava, na Rua dos Navegantes, em Boa Viagem
15 de maio
Sindicato dos Médicos de Pernambuco protocola na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos denúncia de incitação a violência e apologia ao crime relacionada à morte do médico
16 de maio
Instituto Tavares Burill analisa três impressões digitais encontradas num recipiente usado para transportar o líquido que pode ter sido usado para incediar o carro do médico
21 de maio
Peritos não conseguiram localizar em seu banco de dados criminal as três impressões digitais encontradas no recipente
30 de maio
Presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d’Ávila, envia ofício ao secretário de Defesa Social pedindo agilidade e rigor na apuração da morte do médico
Fonte: Diario de Pernambuco
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