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Um novo round na disputa do terceiro turno eleitoral

13 de dezembro de 2006

 

Embora o governador Mendonça Filho (PFL) e seu sucessor, o governador eleito Eduardo Campos (PSB), insistam em afirmar que não estão disputando um “terceiro turno eleitoral”, e que ambos desceram do palanque no final do pleito de outubro, a queda de braço política continua. Um novo round foi protagonizado ontem pelo pefelista, na entrevista convocada – conforme a justificativa oficial – para anunciar a antecipação do pagamento do salário de dezembro aos servidores estaduais. Os números expostos pelo governador aos jornalistas, no entanto, vieram imersos num molho eminentemente político, cujo objetivo era, claramente, o de responder às advertências contidas no relatório da equipe de transição socialista, entregue a Eduardo, que classificou como “frágil” o equilíbro financeiro das contas do Estado.

Ao sinalizar que pretende passar o comando do Estado com todas as folhas de pagamento quitadas, Mendonça estava retomando, de certa forma, a polêmica gerada durante a campanha – quando os atuais governistas insistiam ter recebido o governo das mãos de Miguel Arraes (PSB), em 1999, com as folhas de novembro, dezembro e o 13º salário de 1998 atrasadas. A afirmação foi sempre negada pelos socialistas, mas terminou não ficando totalmente esclarecida na campanha.

Ontem, Mendonça insistiu que não há como discutir o equilíbrio das contas do Estado de forma “subjetiva”, mas apenas com dados objetivos, que ele se dispunha a mostrar ali. “Um homem público tem que ser direto”, disse. E a todo momento, mesmo não se remetendo às críticas feitas a Arraes, o governador reforçava a garantia de entregar o governo aos socialistas com um equilíbrio sólido, sob auditoria da Secretaria do Tesouro Nacional e do Tribunal de Contas do Estado e com uma redução significativa da dívida pública e as contas todas pagas.

Na entrevista, Mendonça Filho foi assessorado pelos secretários Maria José Briano (Fazenda), Maurício Romão (Administração) e Cláudio Marinho (Planejamento). A presença deste último serviu para reforçar a sensação de que havia, ali, uma clara disposição de responder as críticas dos adversários, já que o titular do Planejamento é, também, o coordenador da equipe de transição do atual governo, responsável pelo repasse de todos os dados da gestão ao grupo do PSB, que não quis se pronunciar sobre as declarações do governador.

Fonte: Jornal do Commercio

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