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Trinta mil casos e 1 morte por dengue

5 de maio de 2015

A primeira morte por dengue em Pernambuco, este ano, é de um homem de 37 anos, morador de Paratibe, em Paulista, Grande Recife. O óbito, ocorrido há cerca de 20 dias, na UPA de Igarassu, foi confirmado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde, a partir de exames laboratoriais. A vítima teve infecção pelo vírus 1. De janeiro a 25 de abril o Estado somou 30.501 doentes suspeitos, número 469,9% maior que o do mesmo período do ano anterior. No Recife são 7.234 pessoas com sintomas da infecção.

Levantamento do Ministério da Saúde, menos atualizado, divulgado pela Agência Brasil, mostra que no território pernambucano a incidência da doença transmitida pelo Aedes aegypti é a segunda maior do Nordeste (262,3 doentes por 100 mil habitantes). O Estado perde para o Rio Grande do Norte (363,6/100 mil), mas ultrapassamos o Ceará, que já esteve em situação pior. No Brasil todo, Acre, Goiás e São Paulo são os campeões.

Segundo Claudenice Pontes, coordenadora estadual de Combate à Dengue, outras 17 mortes suspeitas continuam em investigação. No ano anterior, que registrou apenas pouco mais de 17 mil adoecimentos, 19 mortes já tinham sido confirmadas nessa época. Ela admite que a variação mas leve da dengue, agora em 2015, pode ser responsável pela menor frequência de mortes, mas lembra que o processo de confirmação é demorado. O quadro de incidência divulgado pelo Ministério da Saúde, aponta que Pernambuco ainda não tem uma epidemia generalizada, mas concentrada em parte das cidades.

Em Paulista, o superintendente de Vigilância à Saúde, Fábio Diogo da Silva, informa que a vítima de dengue residia num dos três bairros com maior notificação de casos. Jardim Paulista, Maranguape e Paratibe são os que lideram em registros. "No caso do primeiro, o fato de ter uma UPA pode explicar o maior número de notificações", observa.

Ainda de acordo com ele, as ações de bloqueio já estão intensificadas no município, que usa larvicida biológico e inseticida do tipo UBV leve nas regiões mais críticas. Desde janeiro 613 moradores de Paulista apresentaram sinais da dengue e desses, 345 tiveram a doença confirmada. Hoje pela manhã, Fábio Silva apresenta ao Conselho Municipal de Saúde, no auditório da Secretaria de Saúde, um panorama da epidemia. "Esse período de alternância de Sol e chuva ajuda na proliferação do mosquito", diz, demonstrando também preocupação com imóveis fechados em área de veraneio. "É necessário que a colabore, eliminando focos e permitindo o trabalho da fiscalização", apelou o superintendente.

O Estado notificou 31 casos de dengue grave este ano. Entre os municípios com maior incidência de casos gerais da doença, estão cidades do Sertão, Agreste e até o Arquipélago de Fernando de Noronha.

Fonte: Jornal do Commercio

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