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Tributo pesa no presente da mãe

10 de maio de 2007

 

Dois estudos tributários divulgados ontem mostram que, no Dia das Mães, o maior presente vai para o fisco. Isso porque, em alguns casos de presentes, o peso dos tributos ultrapassam os 50% do valor pago no varejo. Um deles, e um dos mais populares nesta data, são os perfumes, com uma carga de 70,33%, de acordo com levantamento feito pelo Instituo Brasileiro de Estudos Tributários (IBPT). “A alta carga tributária embutida nos produtos leva ao aumento do seu preço final, tornando-os inacessíveis à grande parte da população e diminuindo o consumo”, analisou João Eloi Olenike, diretor técnico do instituto.

Outros produtos e serviços bastante procurados pelos filhos, apesar de menos taxados, não ficam atrás no quesito peso tributário. Neste caso, os eletrodomésticos são campeões em tributação. A carga sobre um microondas é de 56,99%, seguido de geladeira (47,06%), torradeira elétrica (45,89%) e ferro de passar (44,35%). Copos, louças e panelas também ficam na faixa dos 45% de tributação.

Há poucos casos em que o filho pode tentar dar um “olé” no leão. É o caso dos livros, que, de quebra, ainda proporciona algumas horas de emoção para a mãe. O produto é o mais desonerado do comércio, com uma carga de 13,18%. Não há, no entanto, paralelo no mercado de outro produto assim. Na média, a carga tributária fica acima dos 30%, como, por exemplo, um almoço de Dia das Mães, que no restaurante terá 33,51% em impostos. Na conta entra todo tipo de tributação, dos impostos federais como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), IR e contribuições como CPMF e PIS/Confis, passando pelos estaduais como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), até chegar aos municipais, como o ISS (sobre serviços).

Segundo a VerbaNet Legislação Empresarial Informatizada, empresa que atua na área legal e empresarial e que também divulgou dados sobre a carga tributária no Dia das Mães, o estado brasileiro tem um peso tributário perto de 40%. Em outras palavras, de cada R$ 100 de riqueza produzida no País, quase R$ 40 ficam com o governo. O contador Ernesto Dias de Souza, consultor da VerbaNet, salienta que, além dos impostos, incidem outros custos no preço dos produtos. “Da produção até o varejo há diversas etapas, como despesas administrativas (remuneração do pessoal envolvido), financeiras (juros sobre capital de giro e variações cambiais), comerciais (marketing, fretes e remuneração de vendedores) e custos diretos e indiretos (mão-de-obra, matéria-prima)”, explicou.

Fonte: Jornal do Commercio

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