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Trabalhador briga pelos benefícios

28 de janeiro de 2015

Nada de flexibilização. As centrais sindicais não aceitam negociar a retirada de direitos dos trabalhadores anunciada no pacote do governo Dilma. As modificações se concentram nas regras do seguro-desemprego, abono salarial (PIS), auxílio-doença e pensão por morte. A estratégia é tomar as ruas do país para protestar e articular no Congresso Nacional uma frente parlamentar para modificar as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que devem ser votadas em fevereiro. Outra briga será deflagrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com a apresentação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra as mudanças na lei.

A mobilização começa hoje pela manhã com um ato público programado pelas centrais sindicais que acontece simultaneamente em todas as capitais do país. Aqui em Pernambuco, o protesto será em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE). Carlos Veras, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco é taxativo: “Há sinais de que o governo pode flexibilizar algumas medidas. As centrais não admitem flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Não vamos pagar a conta do ajuste do governo”.

 O governo sinalizou que poderia alterar os prazos da acesso ao seguro-desemprego, que foi ampliado de 6 meses para 18 meses de permanência no emprego. Estudo do Dieese mostra que os jovens e os trabalhadores que ganham menos são os mais prejudicados com a ampliação do prazo de concessão do benefício. A proposta deverá ser apresentada às centrais sindicais na próxima reunião da mesa de negociação.

 Miguel Torres, presidente nacional da Força Sindical, reforça a posição de unidade das centrais. “Defendemos que sejam mantidos todos os direitos dos trabalhadores. Não tem flexibilização. O governo colocou o bode na sala e agora está tentando tirar”. Segundo ele, até o final desta semana, o departamento jurídico da Força ingressa com a Adin no STF contestando a legalidade das duas MPs. 
 Já está marcada para o dia 26 de fevereiro a marcha nacional da classe trabalhadora, em São Paulo.

Fonte: Diario de Pernambuco

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