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Tensões e disputa por prestígio impulsionam debate sobre teto

3 de outubro de 2011

A motivação maior das articulações
para regulamentar o teto salarial do funcionalismo não é o
interesse em organizar a política de recursos humanos da União, o
objetivo de controlar os gastos com pessoal ou a preocupação com a
imagem perante a opinião pública.
O que dá novo impulso ao
projeto são tensões e ressentimentos acumulados na corrida por
poder e prestígio entre os três Poderes e seus diversos escalões.

No peculiar mercado de trabalho dos servidores com estabilidade
no emprego, o principal parâmetro para os pleitos salariais não é
o desempenho profissional, a situação da economia ou a inflação
acumulada.
O que baliza as reivindicações é a comparação
entre as vantagens obtidas pelas diferentes corporações. Os
auditores se pautam pelo contracheque dos delegados; a Câmara
reclama os benefícios do Senado; quase todos invejam o Tribunal de
Contas e o Ministério Público.
A vocação sindicalista levou o
governo Lula a buscar a redução da distância entre os salários do
Executivo e os dos demais Poderes. A remuneração média dos civis
teve um salto de 165% e hoje é de R$ 7.533 mensais, contra R$ 11.448
no Judiciário (alta de 75%) e R$ 14.096 no Legislativo (107%).
No
final do ano passado, presidente, vice, ministros de Estado,
deputados e senadores tiveram seus vencimentos elevados para os R$
26,7 mil pagos aos ministros do STF.
A escalada salarial do
Executivo inflacionou as ambições entre todas as carreiras.
O
Judiciário e Legislativo falam em reajustes de até 60%, rejeitados
pelo Planalto. Nas cúpulas dos Poderes, a nova frente de disputa são
as brechas e regalias que permitem driblar o teto.

Fonte: Folha de São Paulo

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