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Sob pressão, Governo adia votação do Supersimples

8 de novembro de 2006

 

BRASÍLIA – Citada durante as eleições como um dos principais trunfos de Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa sofreu ontem o golpe do lobby dos fiscos federal e estadual, que não querem perder receita, e, na previsão mais otimista, deve entrar em vigor só no segundo semestre de 2007 – em vez de janeiro, como era apregoado pelo petista.

O texto foi aprovado no dia 5 de setembro na Câmara, depois de dois anos em discussão. Representa uma espécie de reforma tributária para o setor com desoneração da ordem de R$ 5,3 bilhões anuais com a criação do chamado Supersimples. O sistema substituirá o ICMS, de arrecadação estadual, e o ISS, cobrado pelos municípios.

A coleta seria feita pela Receita Federal, que ratearia os recursos com governos e prefeituras. A administração disso exige um sistema informatizado capaz de identificar os percentuais para Estados e municípios. Foi este o nó apresentado ontem: tanto a Receita quanto o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) se deram conta de que não há tempo para implementar este aparato rapidamente.

É um problema técnico vigorar antes de determinado prazo. Os estados precisam de mais tempo”, resumiu o ministro Guido Mantega (Fazenda). O Confaz, integrado por secretários estaduais de Fazenda, apresentou por escrito um pedido para que a lei entrasse em vigor apenas em 2008. A União rebateu com uma data intermediária, em 1° de julho do ano que vem, que foi aceita.

Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, a falta de um sistema impõe o risco de estados e municípios não receberem os repasses, se a medida entrasse em vigor no início de 2007. “Se estes repasses não forem feitos, vamos fechar alguns municípios.”

Fonte: Folha de Pernambuco

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