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Servidor tem cartão especial

6 de fevereiro de 2006

O mercado de cartões movimenta R$ 3,8 bilhões, por ano, no Brasil. São 340 mil plásticos que rendem um faturamento de R$ 215 milhões às administradoras. Os da modalidade crédito, por exemplo, somam 67 mil unidades no País e geram o maior volume de transação – R$ 1,6 bilhão – em relação aos “irmãos” débito (R$ 1,5 milhão) e de loja (R$ 576 milhões). Os dados são da Associação Brasileira das Em-presas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

As segmentações não se restringem aos tipos de cartão (crédito, débito e de loja). As divisões vão além, em função do público que o possui. Nesse universo de potenciais titulares, os servidores públicos se destacam.

Os bancos já começam a despertar para esse novo filão. Só em Pernambuco, existem quase 200 mil servidores ligados aos Poderes Execu-tivo, Legislativo e Judiciário e apenas três instituições – Unibanco, BMG e Cruzeiro do Sul – “explorando” o mercado.

Segundo o diretor de Investimentos da Fundação de Aposentadorias e Pensões do Estado de Pernambuco (Funaspe), Nelson Suzuki, a oferta de cartões de crédito para os funcionários em parceria com os bancos teve início em 2004. Naquele ano, 12 mil servidores aderiram ao cartão. Hoje, já existem 85 mil e a perspectiva é atingir 100 mil até fevereiro.

“Atualmente, os três poderes usam o cartão. Ele está disponível para os servidores do Executivo, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça de Pernambuco e Polícia Militar, com as bandeira Visa e Master-Card. Só o Legislativo ainda não aderiu, mas há a intenção do Ministério Público do Estado de Pernambuco também entrar. No caso do Executivo, o cartão dá acesso ao plano de saúde (Sassepe). Para os demais, ele também serve de crachá”.

A adesão em ritmo crescente tem justificativa, segundo Suzuki. Ele aponta que o plástico é completamente gratuito e juros menores que os de outros cartões, que podem chegar a 12%. “Mesmo com a Selic tendo atingido 19,5% continuamos a cobrar 5,5% de juros. É possível que os juros sejam mais baixos porque o crédito é consignado”, disse.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindserpe), Renilson Oliveira, a participação dos servidores na modelagem do produto ajudou a torná-lo mais atrativo. “O cartão é bem diferente dos que existem na praça. O limite de gastos é de 10% do salário, o que não deixa ninguém sufocado, e quem tiver com o nome negativado também pode tê-lo”. A única desvantagem, na opinião do sindicalista, é o baixo limite. “É pequeno porque o servidor ganha pouco”, diz.

De acordo com o diretor de Investimentos da Funape, o pagamento dos bancos pelo intermédio do Estado nas operações garante a arrecadação de R$ 225 mil por mês ao Estado. O valor é revertido na capacitação de servidores, pelo projeto Escola de Governo, e no Centro de Assistência Social da Polícia Militar, por exemplo.

Fonte: Folha de Pernambuco

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