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Servidor denuncia risco de corrupção
26 de março de 2015O esforço fiscal do governo poderá se engolido pela corrupção. Servidores das carreiras típicas de Estado (sem correspondente na iniciativa privada) denunciam que o tiro pode sair pela culatra, caso o pessoal especializado em combate, fiscalização e controle desses crimes não seja valorizado, com novas contratações e reajuste salarial.
O aumento do quadro de servidores, no entanto, ainda está em análise. O ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, já anunciou e, ontem, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, confirmou que todos os gastos, inclusive os com concursos públicos, dependerão do equilíbrio das finanças públicas. “Vamos estudar os impactos e trabalhar com todos os cenários. O que vai nos orientar é a capacidade orçamentária e fiscal”, argumentou Mendonça.
“A economia que o governo faz sai muito cara ao país. Quanto menos se fiscaliza, mais os criminosos agem aqui ou em paraísos fiscais. Na Operação Lava-Jato, por exemplo, o dinheiro circulou por bancos e corretoras e a fiscalização do Banco Central ficou na superfície, por falta de pessoal”, afirmou Daro Piffer, presidente do sindicato da categoria, o Sinal.
Ele denunciou que, esse ano, pela primeira vez, o BC não vai cumprir o plano anual de fiscalização, por falta de verbas indenizatórias. “Funcionários sem diárias ou auxílio-transporte têm que tirar dinheiro do bolso. Eles se recusam a pagar para trabalhar e a fiscalização fica prejudicada.”
A Controladoria-Geral da União trabalha com um efetivo 44% menor do que é exigido por lei. Hoje, 2.245 servidores estão na carreira de finanças e controle e, anualmente, 150 trabalhadores se aposentam. Estudos do Sindicato Nacional dos Analistas Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) mostram que os desvios com corrupção podem chegar a mais de R$ 100 bilhões por ano. A cada 15 ou 30 dias, se reproduz uma Petrobras”, denunciou Rudinei Marques, presidente da Unacon Sindical.
A contratação de servidores também é uma demanda da Receita Federal para aprimorar o combate à corrupção, ao contrabando e ao descaminho, projetos prejudicados pelo contingenciamento de verbas. Cerca de 600 profissionais se aposentam anualmente e os concursos públicos são insuficientes para recompor o quadro. Na Polícia Federal, as contratações ficam aquém da necessidade. Cerca de 250 servidores saem dos quadros anualmente, enquanto o número de investigações contra corrupção crescem vertiginosamente: eram 20, em 2003, e 300, em 2012.
Fonte: Diario de Pernambuco
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