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Selic deve atingir 11,75%

3 de dezembro de 2014

O cenário de inflação mais elevada neste fim de ano e início de 2015 já leva assessores presidenciais e analistas de mercado a avaliarem a possibilidade de o BC acelerar o ritmo de alta dos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) hoje. Em vez de um aumento de 0,25 ponto percentual, previsão majoritária do mercado e do governo até meados de novembro, agora a aposta é que o BC pode elevar os juros em 0,50 ponto, levando a taxa Selic dos atuais 11,25% para 11,75% ao ano. Há quem faça uma previsão de uma dose ainda maior, de 0,75 ponto.

As taxas de juros negociadas ontem no mercado financeiro embutiam um aumento de 0,50 ponto percentual. No fim de outubro, três dias após as eleições, o Copom promoveu uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica.

Na pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira (1º), as projeções apontavam manutenção do ritmo de alta, considerando os cerca de 100 analistas consultados.

Entre os cinco que mais acertam as projeções, no entanto, a estimativa já era de um aumento de 0,50 ponto percentual. Desde o mês passado, o BC adotou um discurso mais duro, ao afirmar que não será complacente com a inflação e que pode recalibrar a política monetária quando e se achar necessário.

Assessores da presidente avaliam que o momento é de dar um choque de credibilidade na economia, mostrando que o governo não vai tolerar inflação alta e irá reequilibrar as contas públicas. Por isso não descartam a hipótese de o BC aumentar a dose do aperto monetário.

As projeções atuais de inflação mostram que o IPCA em 12 meses pode fechar 2014 no teto da meta, de 6,5%. Dentro e fora do governo, já há quem avalie que o índice pode ficar na casa de 7% no início de 2015.

Neste fim de ano, devem pesar fatores como a alta do dólar e das passagens aéreas. Em janeiro, já se espera um aumento maior de tarifas e alimentos, que podem deixar o IPCA próximo de 1% (em janeiro de 2014, foi 0,55%). "O BC deve dar esse choque de credibilidade para aproveitar o momento, com o anúncio da nova equipe econômica, e fazer com que o 6,5% vire teto e não piso da inflação,", diz Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Investimentos.

Fonte: Jornal do Commercio

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