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Segunda entre gigantes

8 de setembro de 2006

A edição da revista Valor 1000, que começou a circular esta semana, com a lista das empresas campeãs de 27 setores da economia brasileira em 2005, mostra uma revelação surpreendente para muita gente na categoria petróleo e gás. Informa que ninguém menos que a Copergás, a estatal responsável pela distribuição de gás em Pernambuco, foi eleita como a segunda melhor empresa do Brasil, perdendo apenas para a gigante Petrobras.

A empresa que, entre 1998 e 2005, multiplicou por 11 seu faturamento, é a melhor do setor no Brasil nos conceitos de crescimento sustentável, rentabilidade, a segunda em cobertura de dívidas, isso sem que suas margens estejam entre as melhores do setor. Ou seja: não fez a lucratividade esfolando o cliente. De quebra, a Copergás ainda ganhou o título de melhor empresa do Nordeste no segmento.

A Copergás é um negócio da China para seus acionistas (o governo de Pernambuco, a própria Petrobras através da Gaspetro e a japonesa Mitsui, que controla a Gaspart) mesmo não estando entre as 10 maiores empresas do segmento. Nesse setor, em termos de receitas líquidas, só entra quem faturou mais de R$ 2,5 bilhões e a Copergás fechou 2005 com faturamento de “nanicos”, R$ 329 milhões. Na verdade, entre as mil maiores, a Copergás ocupa a 691ª posição em receitas. Mas, para quem há oito anos faturava pouco mais de R$ 30 milhões, não há dúvidas de que cresceu muito.

Crescendo e se mantendo rentável

Os dois indicadores em que a Copergás liderou em 2005 surpreendem pela robustez que dão à empresa: o de crescimento sustentável, que mede a qualidade do crescimento de uma empresa, onde numa pontuação máxima de 1, a empresa obteve 0,9866. O outro é o de rentabilidade, que compara o lucro líquido sobre o patrimônio líquido, onde a Copergás obteve uma pontuação de 62,9%, quando a média nacional do setor ficou em apenas 26,3%.

Maior consumo

Os números da Copergás, é bem verdade, se deram em função do próprio crescimento do uso do gás natural na matriz energética brasileira. Em 1998, a empresa distribuía 552 mil m³/dia. Ano passado, o número chegou a 1 milhão de m³/dia, além de outro milhão de m³/dia usados pela Termopernambuco.

Mais clientes

A empresa também deu um salto no número de clientes, passando de 41, em 1998, para 152, ano passado, quando, além de quase dobrar o número de fornecimento às indústrias, passou a fornecer GNV para 51 postos, para um projeto de co-geração (Pamesa), 13 do comércio e inaugurou o fornecimento a residências no Recife.

Rede de gasodutos foi ampliada

No ano passado, a Copergás operou fornecimento de gás natural em 306 quilômetros, planta que deve ser ampliada em mais 120 quilômetros quando ficar pronto, ainda este ano, o ramal com destino a Caruaru.

Empresa viracontribuinte importante

A Copergás também virou um contribuinte de peso no que diz respeito ao recolhimento de ICMS. Ano passado, ela recolheu R$ 43,3 milhões sobre um faturamento de R$ 329 milhões no exercício.

Novo gasoduto

A Copergás está implantando seu mais ousado projeto, um gasoduto de 120 quilômetros com destino a Caruaru, a um custo de R$ 95 milhões e com o objetivo de dotar o pólo industrial da cidade de maior competitividade, cujo financiamento para a compra dos tubos foi obtido numa operação inédita no BB de Viena.

Economia real

A operação, a primeira entre as distribuidoras no País, contratou US$ 9,7 milhões ao Banco do Brasil para a compra de tubos na China (único país que dispunha de estoque para entrega imediata), permitindo uma economia de R$ 30 milhões para a empresa que pôde tomar o empréstimo pela sua própria condição financeira.

Fonte: Jornal do Commercio

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