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Relatório das finanças vem junto com medidas

15 de janeiro de 2007

 

A abertura dos cofres do Estado, prometida para amanhã pelo governador Eduardo Campos (PSB), promete esquentar a arena política esta semana. Não apenas por se tratar do diagnóstico que os socialistas vão traçar da herança jarbista, antecipadamente traduzida pelo governador de “caixa apertado”. O relatório da atual situação dos cofres públicos, a ser concluído ainda hoje pela equipe econômica do governo, será anunciado junto com algumas medidas administrativas.

Tais medidas visam “garantir uma capacidade mínima de investimentos”, segundo explicou ontem o secretário do Gabinete Civil, Ricardo Leitão. O anúncio será feito às 14h em reunião do secretariado no Palácio. Passados os números ao primeiro escalão, Eduardo concederá coletiva à imprensa.

Integrantes do governo estão trancando as informações do relatório a sete chaves. Em pleno sábado, o governador Eduardo Campos se reuniu com a equipe que fecha os números para a conclusão do documento, que trará informações sobre a capacidade atual de investimento do Estado, o total de restos a pagar deixado pela gestão anterior, os pagamentos de disputas judiciais e de questões trabalhistas que terão quer ser honrados, etc.

O grupo recebeu recomendação do governador para o rigor no levantamento de forma a minar qualquer tentativa de questionamento dos jarbistas. Depois de anunciados amanhã, os dados serão disponibilizados na internet, no Portal da Transparência que o governo deve inaugurar no início de março. Questionado se serão drásticas as tais medidas a serem tomadas pelo governo, Ricardo Leitão foi reticente. “Temos previsão para todos os cenários. Tudo vai depender do que vem no relatório. A gente pode tomar medidas de dimensões variadas”.

Leitão reafirmou a disposição do governador de não politizar as contas do Estado. E adiantou que são dados consolidados. “Não vamos partir para nenhum tipo de confrontação. Mas, como disse o governador, dois mais dois são quatro na conta de qualquer partido”, repetiu o mantra adotado por Eduardo Campos.

Ao anunciar a abertura do cofre estadual, num discurso para a população de três cidades da Zona da Mata Sul – Escada, Ribeirão e Rio Formoso – na semana passada, o governador adiantou que os dados financeiros são “preocupantes”. E convocou a equipe a buscar outras formas de recursos para investimento em Pernambuco, como por exemplo os convênios. Alternativa que ele busca, nesta quarta-feira, em Brasília, onde se reúne com representantes do Banco Mundial. E hoje, quando se reúne com a presidente da Caixa Econômica Federal para um levantamento de todos os projetos na área social que o banco pode financiar no Estado.

Fonte: Jornal do Commercio

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