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Reforma política divide a oposição

30 de outubro de 2014

A oposição está dividida quanto ao convite feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) para um diálogo com Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) sobre a reforma política. Enquanto os marineiros acreditam que, se a presidente, de fato, formalizar a abertura de um canal de conversa, esse deve ser aceito, os tucanos declaram que as negociações devem se dar no Congresso, não no Planalto.

Um dia depois de o candidato a vice de Aécio, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ter feito um discurso contundente atacando o PT na tribuna, o senador reeleito Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que essa sinalização da petista não vai relativizar a atitude agressiva da presidente durante a campanha. “Vamos debater no Congresso. Se houver convergência, apoiaremos”, disse. 

Já o coordenador da campanha de Marina, Walter Feldman (PSB-SP), defende a conversa. “Esse não é um projeto da presidente, é do país”, defendeu. Feldman lembra que, durante a campanha, tanto Marina quanto Eduardo Campos frisavam que a reforma política é fundamental para o país. “Já que será impossível fazer a ampla arrumação de que o Brasil necessita, que, ao menos, avancemos em uma área vital para a sobrevivência da democracia brasileira”, argumentou.

Posição
Dilma Rousseff abraçou a reforma política como uma das suas principais bandeiras para o segundo mandato no Palácio do Planalto. A presidente, desde o ano passado, defende a realização de um plebiscito para a instalação de uma constituinte exclusiva para aprovar a matéria. Posição que é criticada por diversos parlamentares, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A maioria dos senadores e deputados acredita que a melhor forma de promover a reforma é submetê-la a referendo popular. 

O governo estuda a possibilidade de aproveitar propostas de reforma política já levantadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) para tentar convencer o Congresso, onde já tramitam 25 propostas sobre o tema. 

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, ressaltou que, no caso do referendo, caberia à população apenas chancelar uma decisão tomada pelos parlamentares “em interesse próprio”. “Se o Congresso, os partidos e os parlamentares decidem antes para, depois, ouvir a população, nós vamos ter a influência do interesse de cada parlamentar e de cada partido. Não é à toa que setores da sociedade defendem uma Constituinte exclusiva para debater a reforma política”, justificou.

Fonte: Diario de Pernambuco

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