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Recife tem a maior alta na taxa do desemprego

23 de outubro de 2015
Jovens inativos em busca do primeiro emprego e mulheres que estavam fora do mercado de trabalho e voltaram a buscar uma renda para ajudar a família. Estes são os dois perfis de recifenses que mais contribuíram para o aumento da taxa de desocupação registrado na capital pernambucana pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada ontem pelo IBGE, que calcula os dados das seis maiores regiões metropolitanas do país, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre e Salvador.

O último estudo, divulgado ontem, mostrou que na relação entre setembro deste ano e setembro de 2014, o Recife teve o maior salto na taxa de desocupação, passando de 6,7% para 10,4%. Isso significa que 70 mil recifenses tentaram, mas não conseguiram um posto de trabalho nos últimos 12 meses. No Brasil, essa taxa passou de 4,9% para 7,6% (620 mil pessoas). Além disso, o rendimento aqui também teve uma das maiores quedas da pesquisa, com uma redução de 7,1% do valor do salário médio no mesmo período.

Adriana Beringuy, técnica de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressalta que, no Recife, não foram o fechamento de postos e demissões, como ocorreu nas outras regiões do Brasil, que mais influenciou na taxa de desocupação. “O que percebemos é que a capital pernambucana teve maior estabilidade entre as vagas abertas e fechadas em todos os setores, já nas outras capitais estudadas, a taxa foi mais impactada por demissões, como as quedas no número de ocupados na indústria, que foi de 4,3% juntando as seis capitais estudadas, o que significa 149 mil vagas fechadas”, detalha. Aqui, perdemos 13 mil vagas na indústria e 13 mil na construção civil, número é considerado baixo.

E é justamente uma vaga na indústria pernambucana que está nos planos do jovem estudante Milton César Gomes, de 18 anos, que busca um emprego desde dezembro do ano passado, quando terminou o ensino médio. “Tentei muito, na época, mas não consegui nada. Então, comecei um curso de automação industrial e tenho certeza que até final do ano que vem conseguirei entrar neste mercado”, afirma o estudante do Senai. Com relação aos rendimentos, a queda local, de 7,1%, também ficou maior que os 4,3% do conjunto analisado.

Fonte: Diario de Pernambuco

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