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Recife perde para Granito

18 de março de 2012

Em 2006, quando a Firjan realizou pela primeira vez o levantamento que originou o IFGF, o Recife emplacou o 5º melhor resultado em gestão fiscal dentre as capitais brasileiras. Quatro anos depois, caiu para o 9º. Cidade mais rica, ocupa um modesto 4º lugar no ranking de melhores índices no Estado, atrás de municípios pequenos como Granito, no Sertão do Araripe, e Custódia, no Sertão do Moxotó.
O principal ponto que prejudicou a avaliação fiscal do Recife foi o volume de investimentos feitos pela prefeitura em 2010 em comparação com sua receita corrente líquida. Com R$ 2,26 bilhões no caixa, utilizou cerca de 7,5% na melhoria de vida do cidadão (R$ 169,8 milhões). O volume é menor que o aplicado por São Luís (MA) e Fortaleza (CE), no Nordeste.
Além disso, o percentual de 7,5%, considerado “crítico” pela Firjan, está abaixo do empregado por João Pessoa (11%), na Paraíba, e Teresina (9,3%), no Piauí.
O secretário de Finanças do Recife, Petrônio Magalhães, questiona a metodologia da Firjan para considerar tão ruim o volume de aportes feito pela prefeitura no ano. “Para o Banco Mundial, aplicar entre 8% e 10% da receita corrente líquida é considerado muito bom. Estivemos próximo disso. Sem falar que houve aumento em relação a 2009, quando investimos 6,36%. Acho que 7,5% não é baixo”, apontou.
Magalhães reconheceu, no entanto, que reajustes represados concedidos aos servidores municipais em 2010 fizeram com que a margem para investimento tenha ficado menor. Naquele ano, 46,5% das receitas viraram salários.
O caso de Granito é incomum. Apesar dos poucos recursos disponíveis (obteve uma receita diminuta de R$ 11,8 milhões), sabe administrar o que tem: empregou 33% em investimentos. Já Custódia está livre de dívidas, ostenta disponibilidade de caixa saudável e consegue gerar um bom volume de receitas próprias. O equilíbrio necessário para ser considerada a melhor gestão fiscal de Pernambuco.

Fonte: Jornal do Commercio

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