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Reajuste do mínimo pode ser adiado

25 de novembro de 2015
Para conter o rombo nas contas públicas, o governo estuda adiar o reajuste do salário mínimo do ano que vem, de janeiro para maio. Se a medida for levada adiante, serão economizados R$ 12,3 bilhões – mais que um quarto do ajuste fiscal estipulado para 2016, de R$ 43,8 bilhões. Baseado na inflação deste ano, prevista para chegar a 10%, e no PIB de 2014, que foi praticamente zero, o salário mínimo passará dos atuais R$ 788 para R$ 865,50 em 2016. 

O peso do reajuste aos cofres públicos seria de R$ 40 bilhões no ano, impacto que diminuiria para R$ 27,7 bilhões caso fosse adiado em quatro meses. “A ideia é justificável devido à urgência de se ter caixa para lidar com as frustrações orçamentárias. Como boa parte dos gastos do governo é direcionada à previdência, seria possível economizar bastante”, avaliou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Apesar do consenso sobre a necessidade de se fazer ajustes para melhorar as condições fiscais do país, há controvérsias sobre a viabilidade de implementação da medida. Por se tratar de mais um ajuste impopular, a consequência política de aplicá-lo seria negativa. “Grande parte da base eleitoral da presidente votou nela por acreditar que não seria prejudicada em relação a benefícios sociais e trabalhistas. Se adiar o reajuste, o governo será muito criticado e bombardeado pela oposição”, explicou Agostini. A preocupação é ainda maior pelo fato de 2016 ser um ano de eleições municipais, período no qual boa parte das alianças para a corrida presidencial de 2018 são formadas. A possibilidade de adiar o reajuste dos salários dos servidores federais de agosto para dezembro, também discutida atualmente pela equipe econômica, comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pioraria ainda mais a situação. (Do Correio Braziliense)

 

 

Fonte: Diario de Pernambuco

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