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Quem é o nosso barnabé (Coluna JC Negócios)

7 de março de 2006

Motivo de festa do governo e reclamação dos dirigentes sindicais, o reajuste dos servidores expõe o drama que a administração pública brasileira vive – onde muitos ganham mal e alguns, um salário que distoa completamente da maioria esmagadora. Todos reclamam do estado-patrão, que não consegue prestar um serviço decente a quem paga a despesa, também chamado de contribuinte.

O reajuste anunciado ontem, obviamente, está longe de atender às reivindicações, mas a raiz do problema é que temos gente demais ganhando de menos. Isso não quer dizer que temos um número de servidores saindo pelo ladrão em todos os setores. Temos é gente mal distribuída, que carece de plano decente de carreira, treinamento, perspectiva de ascensão como servidor e da implantação de uma política de pessoal que dê responsabilidades e cobre resultados.

O problema é que no Brasil (e em Pernambuco) a conta é feita sempre pela ótica da receita. Ninguém está interessado em saber como a despesa é realizada. Que diretor sabe o custo de sua escola, de seu hospital ou de uma delegacia de polícia? Produtividade? Nem pensar! É uma miragem. Pernambuco tem 184 mil servidores, 67 mil inativos. Mais da metade (57,2%) tem mais de 40 anos e quase a metade só tem o 2º grau. Se comparado com Ceará e Bahia, tomando-se um servidor por grupo de habitantes, temos um barnabé para 68 habitantes. A Bahia tem um para cada 108 e o Ceará, para 94. Não dá para pensar em salário decente com tanta gente.

Fonte: Jornal do Commercio

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